Maurício Galiotte, Andres Sanches, Raul Correa e Bandeira de Mello

Ontem, o ex-diretor de finanças do Corinthians, Raul Correa da Silva, indiciado três vezes pela prática de apropriação indébita e sonegação fiscal enquanto dirigente do clube, postou em rede social registro de encontro com, segundo o próprio, “os presidentes dos três maiores times do Brasil”.

Estavam lá: Andres Sanches, Maurício Galiotte e Bandeira de Melo.

O presidente alvinegro, que dias atrás detonou a gestão do palestrino, por ele foi “acarinhado” durante a reunião, explicitando o quanto nem tudo é o que parece ser diante das câmeras, apesar de alguns torcedores – que perdem horas se matando em redes sociais por conta das declarações – ainda teimarem em acreditar em “versões oficiais” – estas, frequentemente, jogos de cena fruto de combinações.

Se Andres Sanches, de currículo que dispensa apresentações, sintetizado em diversas ações criminais em trâmite no STF (por conta do Foro privilegiado) e delações de corruptos na “Operação Lava-Jato”, e Mauricío Galiotte, capacho da Crefisa e de quem mais precisar se beneficiar no Palmeiras, não se espera muita coisa, novamente a surpresa se dá pelo desconstrangimento ao lado dessa gente do presidente do Flamengo, Bandeira de Melo, tratado pela mídia como “diferente” (o leitor do Blog do Paulinho nunca se enganou), apesar de ter integrado uma diretoria do BNDES pra lá de suspeita.

Seria surpreendente de coisa boa saísse desse encontro.

Raul Corrêa, que recentemente tentou, sem sucesso, atravéz de terceiro, tomar de assalto a gestão do Vitória/BA (o Blog do Paulinho impediu), apesar de ter se vendido como “opositor” em recente eleição do Corinthians, não larga de Sanches (mesmo tendo sido tratado como “mentiroso” e “incompetente” pelo dirigente, em recente entrevista), a ponto de ter, informalmente, contribuído para a elaboração do novo balanço – apesar de acusado pelo diretor de finanças anterior de ter “maquiado” os que assinou oficialmente.

Recentemente, o consultor Amir Somoggi, ex-funcionário da BDO/RCS, em entrevista ao R7, declarou:

“A gestão que tinha Andres como presidente publicava mensalmente balancetes, anualmente relatórios de sustentabilidade, que na prática eram mentirosos”

Nesse mundo de negócios nem sempre claros, em que Sanches entrou morador de aluguel e saiu milionário, Galiotte não deverá se dar mal ao trocar a lealdade de quem lhe proporcionou o poder pelas benesses da patrocinadora, Corrêa fechou negócios relevantes com os principais fornecedores do estádio de Itaquera logo após ter assinado documentos, pelo Timão, beneficiando a todos eles, e Bandeira não deve ter visto nada de errado enquanto o PT corrompia o BNDES, as vítimas, em regra, são os torcedores, reféns de informações nem sempre passadas como deveriam por uma imprensa, salvo raras exceções, submissa ou desinformada.

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