Com a sinceridade habitual, o ídolo palmeirense São Marcos de Palestra Itália, em entrevista ao canal “Desimpedidos”, entre outras coisas, concedeu ao inexistente “Mundial” do Palmeiras o tamanho correto da conquista, revelando, ainda, que quase jogou no Corinthians no período MSI.

Sem querer, porém, descreveu, ao falar de hábitos da gestão alvinegra que impediram a contratação, práticas que seguem repetidas no Parque São Jorge, tendo como protagonistas, treze anos depois, os mesmos nomes.

À época, entre 2004 e 2005, Kia Joorabchian era gestor de futebol alvinegro e Andres Sanches seu diretor de futebol.

Hoje, quatorze anos de passaram e o primeiro é agente de jogadores que tem a vida facilitada pelo segundo, agora presidente do clube.

Disse São Marcos:

“Não é que o Palmeiras queria me empurrar para o Corinthians. O Corinthians queria me contratar na época do Kia [Joorabchian]. Só que me falaram o seguinte: ‘Você vai para o Benfica, fica um tempo, e se apresenta no Corinthians em 2005’. Eu falei: ‘Eu vou, não tem problema nenhum. Só que vocês vão explicar [para a torcida] que estão me vendendo e que vai acontecer isso’”

Traduzindo: Kia e Andres queriam pagar ao Palmeiras valor menor pela transação colocando-o no Benfica, tradicional “barriga de aluguel” de empresários complicados, para, meses depois, levá-lo Corinthians, que, evidentemente, arcaria com valores maiores, como se, oficialmente, estive-se comprando o atleta da equipe portuguesa.

O procedimento (fazer negócios com dinheiro girando no exterior), que, frequentemente é utilizado por quem objetiva “lavar dinheiro” no futebol, era prática corriqueira da MSI enquanto gestora do Timão, e costuma, também, facilitar a vida de quem, como dirigente do clube, precisa ‘embolsar algum” sem que rastro algum seja deixado á mostra.

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