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Por ALBERTO MURRAY NETO

Olimpismo é uma filosofia de vida, que preceitua uma série de valores, que culminam com a união dos povos por meio da prática esportiva. Temos tido, ao longo da história, inúmeros exemplos de que, pelo esporte, nações pararam guerras, atletas de países sem relações diplomáticas abraçaram-se nos campos de competição sob os olhos do mundo.

Lí na Folha de São Paulo de sábado passado que as duas Coréias, a do Sul e do Norte, entabulam um acordo para competirem nos Jogos Olímpicos de Inverno, no próximo mês, com uma equipe unificada de hockey feminino. As Coréias já desfilaram juntas em duas ocasiões em aberturas de Jogos Olímpicos. Mas nunca competiram sob a mesma bandeira.

Essa é mais uma demonstração fortíssima do que o Movimento Olímpico é capaz, não obstante o excessivo caráter comercial que tomou nas últimas décadas e que, como consequência negativa, entre outras, incrementou o uso do doping. Talvez a disputa diplomática e bélica mais acirrada nos dias de hoje seja entre as duas Coréias.

Em qualquer outro segmento que não o esporte, inclino-me a crer que seria impossível esses dois países caminharem unidos. Pois no esporte é possível que isso venha ocorrer.

Pode parecer pouca coisa, mas não o é. Serão duas nações que se digladiam caminhando juntas pelo mesmo objetivo, que é a medalha olímpica, acontecimento de grande repercussão mundial. A equipe feminina de hockey no gelo das Coréias unificadas não é tecnicamente forte e estaria longe de lutar por uma medalha. Mas isso não importa. O que realmente tem absoluta relevância e poderá ser um e exemplo positivo para a humanidade, é transformação que só o esporte pode proporcionar.

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