Eitan Abramovich/AFP

Da FOLHA

Por ÁLVARO FAGUNDES

O mesmo Renato Portaluppi, que mais de 30 anos atrás apresentou o Grêmio para o mundo, devolveu ao clube o que sempre acreditamos que era nosso.

A dúvida é: a estátua, cobrada por ele após o título da Copa do Brasil de 2016, ficou pequena para a obra?

Por mais méritos que seu antecessor, Roger, mereça pelo estilo implantado, a verdade é que sob Portaluppi (ou Gaúcho, como preferem os ímpios) o time deu um salto com um material que nem uma viúva de Felipão (outro santo) poderia crer em setembro de 2016.

Não falemos nem dos refugos apontados por esta Folha: Cortez, Barrios ou Jael, afinal todos foram trazidos sob a bênção do maior de todos -que me perdoem as demais viúvas, de Foguinho, Tite, Espinosa…

Vamos pensar só em quem estava lá e já tinha caído no descrédito total.

Qual gremista acreditaria que Ramiro seria o motorzinho que finalmente equilibraria nosso time? Que Bressan seria um gigante a ponto de nem lembrarmos a injustiça cometida pelo árbitro no jogo anterior contra o monstro Kannemann?

Superar as injustiças da arbitragem, aliás, é a marca do gremista. Os embates contra o Palmeiras nos anos 1990 e a Batalha dos Aflitos em 2005 são apenas os exemplos mais recentes.

Mas, nos últimos anos, não conseguíamos superar essa barreira vestida de preto (ou amarelo, ou rosa…).

Renato obteve isso à custa de bom futebol, com jogadores que a Série B estava de olho e com os geniais Luan e Arthur à frente.

Se lembrarmos de certos gols em Tóquio e mais um cruzamento para quem nunca deixou de acreditar contra o Peñarol, a arena precisa mudar de nome e logo.

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