Em desespero por conta de ação civil promovida, em 2013, pelo MP-SP, que estava travando o início das obras do estádio de Itaquera, o Corinthians, por intermédio do então vice-presidente Luis Paulo Rosenberg, contratou os serviços de um ex-funcionário da Prefeitura de São Bernardo do Campo, José Luiz do Prado, acostumado a lidar com essas situações.

A contrapartida acertada, em vez de acordo financeiro, foi ceder-lhe, assim que a Arena estivesse inaugurada, um espaço no local para que pudesse tocar, sem custos, uma escola de circo, preparatória à novos artistas do ramo.

Em tempo recorde, Prado idealizou o TAC (termo de Ajustamento de Conduta), em que o clube comprometia-se a realizar R$ 12 milhões em contrapartidas à sociedade, aceito pelo Ministério Público em troca da liberação das obras.

Passados cinco anos, o calote do Corinthians foi total.

Descumpriu o TAC (razão pela qual a Prefeitura estuda ações indenizatórias) e também o acordo com seu idealizador, com direito a mentir na Justiça alegando “nada ter acertado” com o reclamante.

Porém, recentemente, nesta ação judicial, promovida na 16ª Vara civil de São Paulo, em que Prado pleiteia R$ 1 milhão do Corinthians por dano material, além de danos morais (a serem calculados), emails trocados por ele com Luis Paulo Rosenberg estão sendo decisivos.

Diz despacho da juíza Paula da Rocha e Silva Formoso:

“Reitere-se o ofício de fls.559, solicitando que a 14ª Vara da Fazenda Pública envie a este Juízo as principais cópias do processo nº 0016060-55.2001.8.26.0053, que cuida da Celebração do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), notadamente no que tange as provas que comprovam que havia simultaneidade entre as conversas via e-mail do autor e dos réus com a pauta de celebração do TAC, mostrando que o autor contribuiu para a referida celebração”

O processo está em vias de conclusão e, comprovando-se as mentiras de dirigentes alvinegros, a indenização a ser paga pelo Corinthians promete complicar ainda mais os caixas do Parque São Jorge.

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