No último domingo, durante o programa “Mesa Redonda”, da TV Gazeta, o participante Chico Lang disse ter sido procurado por representante da Nike que ofereceu-lhe dinheiro para falar bem de recém lançado uniforme do clube.

Era a famosa camisa roxa com a cruz de São Jorge, que, apesar de interessante, durou pouco por conta de rejeição da torcida.

Questionado de quem se tratava o representante, Chico disse:

“(…) dizem que é um bom economista”.

Flavio Prado emendou: “É o Rosenberg ?”

Lang não negou, mas, pela tangente, respondeu: “Ah! eu não sei o nome dele…”

À época do lançamento da camisa, o economista Luis Paulo Rosenberg era vice-presidente de Marketing do Corinthians, e, dizem, trabalhava, informalmente, pelos interesses da Nike, patrocinadora do clube, provavelmente recebendo comissionamento.

Era tão grande a proximidade que, por ingerência do dirigente, a empresa americana, comprovadamente, ao menos em duas oportunidades, se meteu em assuntos obscuros do futebol: as contratações de Defederico e também de Alexandre Pato.

Na primeira, garantiu o pagamento como se fosse fiadora do Corinthians; na segunda, viabilizou operação financeira, em off-shores, da aquisição pelo clube do ex-atacante do Milan, com farta distribuição de recursos, indevidos, a dirigentes alvinegros.

Evidencia-se, com o testemunho de Chico Lang, que garantiu ter recusado a “oferta”, não apenas a ligação de Rosenberg com a Nike, mas o hábito de cartolas do Timão, desde a posse de Andres Sanches, em 2007, de oferecer vantagens à imprensa em troca de elogios.

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