Em 04 de maio de 2011, o Corinthians assinou TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o MP-SP, que viabilizou a utilização do terreno de Itaquera para a construção do estádio.

Havia, antes, ação da promotoria por conta de descumprimento do termo de cessão original, assinado em 1988 pelo então prefeito Jânio Quadros.

Pelo TAC, o Corinthians obrigou-se a concluir o estádio em 03 anos (2014) e a realizar R$ 12 milhões em contrapartidas sociais, que não se confundiriam com outras, por ventura, exigidas pelos órgãos municipais.

R$ 4 milhões destas obrigações deveriam ser executadas até 31 de dezembro de 2014; R$ 8 milhões com prazo de 31 de dezembro de 2019, observando-se os requisitos da clausula 2.1, que prevê correção monetária durante o período.

A fiscalização, tanto da execução do combinado quanto da avaliação dos valores atribuídos aos eventos (custo) ficaria à cargo de auditoria contratada pelo MP (que indicaria cinco nomes), mas bancadas pelo Corinthians, que se obrigaria, ainda, a cada seis meses, a apresentar relatório à Prefeitura comprovando a evolução do cronograma acordado.

Em caso de falha na execução das atribuições (contrapartidas, prestação de contas à Prefeitura e pagamento de auditoria), o MP-SP seria autorizado a promover, segundo a clausula nº 2, execução do valor integral do TAC, R$ 12 milhões, que serão revertidos aos cofres municipais.

Todos os itens, segundo informações, estão sendo, quando não descumpridos, executados fora do prazo previsto.

O clube vem tentando prorrogar o acordo, mas, em não obtendo êxito, onerará ainda mais os caixas alvinegros, pegos de surpresa ontem, após matérias do Blog do Paulinho, como as que demonstraram diferença de R$ 73 milhões entre os valores de CIDs recebidos pela Prefeitura (R$ 420 milhões) e os efetivamente contabilizados pelo Arena Fundo, gestor das finanças do estádio de Itaquera.

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TAC MP-SP e Corinthians para cessão terreno itaquera

Vale lembrar que após liberar a cessão do terreno de Itaquera junto ao MP-SP, o Corinthians repassou-a ao Arena Fundo, em operação que está sub-judice, com suspeita de ilegalidade, após manifestação em denúncia à promotoria efetuada pelo associado alvinegro Rolando Wohlers, popularmente conhecido como Ciborg.

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