Vinicius Pinotti

Diante de uma interminável má-fase, que vem desde o período em que Carlos Miguel Aidar infelicitou o clube com atos que o levaram à exclusão da Presidência, muito tem se falado sobre péssimos negócios realizados pela gestão atual, do sucessor Leco, reeleito, recentemente, diante de alternativa ainda mais deplorável.

Maicon “R$ 30 milhões” ? Vender jogadores promissores ? Efetivar um novato Rogério Ceni como treinador ?

Apesar de mais famosos, estes casos são, em verdade, fruto de bastidor conhecido do clube, mas pouco divulgado na grande mídia.

Leco vendeu, nos últimos anos, os departamentos que geram maior receita no clube, marketing e futebol (este, talvez, mais relevante do que a própria presidência), a um playboy, dizem, mimado, que tem contribuído para afundar o São Paulo em caminhos desgovernados de incompetência.

Vinicius Pinotti “comprou” os cargos ao financiar, com milhões, as campanhas eleitorais de Leco, desde a mais conhecida, da reeleição, até as ocultas, para derrubada de ex-dirigentes.

Se no marketing, por conta do histórico empresarial, supunha-se até que poderia dar certo (um erro, já que ter dinheiro e ser dono de empresa não é sinônimo de qualificação no mundo da propaganda), conceder-lhe o futebol beira a irresponsabilidade.

Não à toa o São Paulo acumula vexames, más equipes e tem queimado seu ídolos mais queridos: Rogério Ceni como treinador iniciante sem material humano para trabalhar, Lugano, que se esforça, mas não pode lutar contra limitações físicas e talvez Raí, empossado num ninho de cobras, obrigado a assinar Termo de Confidencialidade, num Comitê de “notáveis”, que, tirando o próprio, não há nomes a serem comemorados.

Ou seja, se houver sacanagem, desrespeito ao clube ou votação suspeita de qualquer assunto, o ex-craque Tricolor será voto vencido, mas além de levar a culpa pelo conjunto, terá que se calar, impedindo que a coletividade Tricolor saiba das verdades, que, nesse contexto, será a primeira assassinada.

Se nas décadas anteriores, com ou sem razão, o São Paulo era tratado como “clube modelo”, exemplo a ser seguido, nos últimos anos virou “case” de incompetência administrativa e outras ‘malandragens” correlatas.

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