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Após décadas de protagonismo na Fórmula 1, o Brasil se vê envolto num onda de desesperança no Esporte, marcada agora, inclusive, pelo abandono da cobertura jornalística de veículos importantes, como a Rede Globo e a Folha de S.Paulo.

Desde o último final de semana, a emissora carioca deixou de acompanhar o campeonato, relegando-o apenas (como ocorre noutros países) aos que possuem TV a Cabo, em sua Sportv.

Hoje, a FOLHA publicou a última coluna de Fábio Seixas, que em texto de despedida destacou, ainda, que pela primeira vez, numa segunda-feira, o jornal deixou de citar, nem que fosse por uma linha, o Grande Prêmio anterior, vencido pelo inglês Lewis Hamilton.

O desinteresse no Brasil se dá por alguns fatores óbvios, outros nem tanto assim.

Se antes pilotos diferenciados, com o Emérson, Piquet e Senna faziam-nos acordar cedo aos domingos para assisti-los (parecia uma Copa do Mundo semanal), hoje ninguém troca os cobertores para sofrer pela ineficiência dos que surgiram após os fracassos dos alçados a ídolos, Barrichello e Massa, que decepcionaram torcedores e fomentadores nos últimos anos.

Outro fator que tirou a atenção do ex-amante de F1 é a falta absoluta de credibilidade na disputa, em si, após a revelação de que as próprias equipes escolhem os que devem vencer (entre seus pilotos).

Falta ainda campeonatos transparentes no Brasil, que antes serviam para revelar jovens talentos, mas hoje mais se transformaram em balcão de negócios, em que, por vezes, os melhores são prejudicados, intencionalmente, em favor do que pagam mais ou podem, politicamente, gerar mais benefícios aos realizadores.

Por fim, é triste verificar que dificilmente, após décadas de declínio, em todos os sentidos, a categoria voltará a atingir o interesse doutros tempos, e que, em breve, como já prevê Felipe Massa, sequer as provas serão mais disputadas por aqui, ação esta que servirá de pá de cal para finalizar o enterro de um esporte que, entre outras coisas, imortalizou em nosso corações o último grande ídolo esportivo deste país, o ainda insuperável Ayrton Senna da Silva.

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