O deputado federal Andres Sanches (PT) está envolto em três ações gravíssimas, correndo risco, inclusive, do vexame de ter o referido cargo cassado pela Justiça Eleitoral.
A primeira delas, movida por ex-funcionárias, acusa-o de cometer diversos crimes, contando ainda com relatório da Receita Federal, que afirma ser o dirigente do Corinthians um “golpista” que se utiliza de “laranjas” para cometer crimes no mercado.
A outra será julgada, na próxima quinta-feira, pelo TRE-SP, indicando fraude na relação de despesas e gastos da campanha eleitoral do então candidato, em que parceiros de crime citados no processo anterior estão, direta e indiretamente, envolvidos.
Por fim, o MPF solicitou ao STF, que deferiu o pleito, autorização para investigar Sanches por ocultação de bens em sua declaração ao TSE.
Ou seja, todos crimes graves em processos atuais, um deles com julgamento marcado para esta semana.
Andres Sanches esteve nas últimas 48 horas, em diversos veículos de comunicação, entre os quais, dois programas de televisão: um na Gazeta (Mesa Redonda) e outro na SPORTV
Em nenhum momento foi questionado sobre quaisquer destes assuntos.
Até mesmo quando voltou a mentir, dizendo que mantém o prazo de quitação do estádio em impossíveis seis anos, não houve questionamentos.
Na verdade, quase foi reverenciado
O público que não leu o Blog do Paulinho (que falou sobre as três ações) ou a revista VEJA (que tratou sobre a ação do STF), desligou a TV acreditando que o Deputado Federal é ilibado e que as coisas no Corinthians caminham às mil maravilhas.
É fato que na gestão Andres Sanches, no Parque São Jorge, R$ 200 mil eram gastos, mensalmente, intermediados pelo assessor de imprensa Olivério Junior (que trabalha também para o dono da Kalunga, Paulo Garcia e com o iraniano Kia Joorabchian) em “presentes” à jornalistas simpáticos à diretoria
O que ocorreu nos últimos dois dias, dá margem a diversas interpretações: os profissionais presentes aos programas são desinformados, medrosos, foram proibidos pelas emissoras ou receberam dinheiro para não tocar no assunto ?
Qualquer das alternativas, por razões óbvias, desqualifica a profissão de jornalista.