(trecho da Coluna de TOSTÃO, na FOLHA)
“Nas férias, assisti em um restaurante de Roma, em ótima posição, de frente para a televisão, sem barulho, aos jogos da semana passada da Liga dos Campeões da Europa. Quando Messi fez o espetacular gol, o garçom, que sabia que eu era brasileiro, mas que não me conhecia, disse: “Pelé é o primeiro, Maradona, o segundo, e Messi, o terceiro maior da história”.
Argumentei, para provocá-lo e porque tenho dúvidas, que Messi seria o segundo, já que faz muito mais gols e é mais regular que Maradona. Ele respondeu: “Nunca. Quem viu Maradona no Napoli sabe disso”. E completou: “Maradona é mais artista, mais fantasista e está acima das análises técnicas”.
Perguntei a ele, com meu portunhol misturado com um grosseiro italiano, porque, diante de tanta paixão por Maradona, não o colocava à frente de Pelé, como faz a maioria dos argentinos. Ele disse: “Pelé é Pelé”.”