Na contramão do Flamengo, que aprovou medidas importantes para dar transparência e credibilidade à gestão, o Corinthians luta, com previsível orientação do Deputado Federal Andres Sanches (PT), para deixar as coisas como estão.
É contra, por exemplo, a penalização dos dirigentes por eventuais maus-feitos ou prejuízos ocasionados durante o exercício do mandato.
Grita, também, contra a obrigatoriedade de gastar, no máximo, 70% dos valores arrecadados.
As reclamações coincidem com as práticas das mais recentes gestões alvinegras, em que o clube teve que tomar R$ 70 milhões emprestados para livrar da cadeia quatro de seus principais diretores, acusados por diversos crimes cometidos no Parque São Jorge, desde sonegação de impostos à lavagem de dinheiro.
O Cointhians parece querer manter o hábito de iludir o torcedor, contratando jogadores fora da possibilidade do caixa alvinegro, obstruindo, por consequencia, qualquer possibilidade de controle financeiro da gestão.
De nada adiantará, efetivamente, qualquer trabalho de contenção de despesas se o quadro atual de irresponsabilidade administrativa permanecer como está, com a diretoria mais preocupada em jogar para o público (com ajuda da imprensa), exercendo no Parque São Jorge a prática petista de manutenção no poder a qualquer custo (ou mentira).