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“Eu João estou sendo extorquido pelo FUTEBOL INTERIOR”

Sem mais suportar o achaque do site Futebol Interior, o treinador João Telê, do Guaratingueta/SP, expôs publicamente, através de entrevista e também de uma camiseta, o sofrimento sofrido nos últimos tempos.

“Eu João estou sendo extorquido pelo Futebol Interior”, eram os dizeres.

Arthur Eugênio Mathias, que, em passado recente, saiu algemado da CPI do Roubo de Cargas e também do Narcotráfico, é um dos donos do espaço, ao lado de Élcio Paiola e do conselheiro do Corinthians, Edgard Soares.

arturelciopaiolaedgard soares

Telê foi coagido a pagar R$ 10 mil ao Futebol Interior, sob pena de ser achincalhado pelos ‘jornalistas” da publicação em caso de recusa.

A prática é recorrente no site, não apenas com treinadores, mas também jogadores, além doutros profissionais do esporte, e foi denunciada, em primeira mão, anos atrás, pelo Blog do Paulinho, em matéria que pode ser conferida, com farto material comprobatório, no link abaixo:

Memória da corrupção – Dossiê Futebol Interior

À época, porém, a ACEESP (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo) era gerida por jornalistas honestos e corajosos, Ricardo Capriotti e Luis Carlos Quartarollo, que, após sindicância interna (em que este jornalista fez questão de acusar os achacadores – face a face), decidiu pela expulsão dos responsáveis do Futebol Interior, que perdeu patrocinadores, colunistas e quase morreu.

Porém anos depois, a salvação veio pela própria ACEESP, que, para tristeza da classe jornalística, passou a ser tocada por um submisso ao que há de pior na profissão, o inexpressivo Luis Ademar, comentarista da SPORTV.

Sabe-se lá a que custo ou acordos, o Futebol Interior passou a ser credenciado novamente, ação esta que permitiu a continuidade delitiva de seus atos de extorsão.

CONFIRA ABAIXO VÍDEO COM A ENTREVISTA DE JOÃO TELÊ, ACUSANDO O FUTEBOL INTERIOR, COM A TRANSCRIÇÃO DOS TRECHOS MAIS RELEVANTES

“Pessoas desonestas no futebol não podem ficar. Eu não posso me sentir coagido ao site Futebol Interior, para dar dinheiro pra eles, porque se não der, eles falam mal. Como fizeram com Roque Júnior, Rivaldo e com outros mais, do bem.

Eu não posso me submeter a isso.

Eu estou aberto ao que ele (Arthur Eugênio Mathias) quiser. Do jeito que ele quiser e com as pessoas que ele tem em volta.

Porque eu tenho pessoas em minha volta, que são esses jogadores esplêndidos. de bom caráter. Aqui não paga para jogar. Aqui jogam os jogadores que eu escolhi. Recebem salários.”

“Eu gostaria de estar no futebol, perdendo ou ganhando, mas em paz. Mas esse mundo é difícil. O extra-campo é difícil…

Eu estou aqui porque tenho vergonha na cara. Não aceito ser coagido. Não aceito ser achincalhado. Eu não aceito esse tipo de coisa. Se achar que dá, do jeito que achar, pode vir.

Não tenho medo de morrer. Vou avisar o senhor Artur Eugênio que eu não tenho medo de morrer. Já andaram me falando que ele mata, manda matar, conhece bandido. Eu não tenho medo de morrer, tá?

Tá mandado o recado pra você, garoto. Você mexeu com um cara do bem. Você mexeu com uma pessoa que não quer o mal a ninguém.”

“Se for para a gente gastar dez (R$ 10 mil) com você, eu gasto 200, 500, sem ter, e vou botar pra gente ir pra cima de você”.

“Eu tenho que te pagar para atuar no futebol? Eu tenho que te pagar? Como vieram me falar que eu tinha que pagar R$ 10 mil. Eu tenho que pagar? Como já falaram, que se não pagar, você não vai parar de falar mal de mim. Pode falar. Mas você vai falar da bola. As provas estão aí. Eu tenho tudo impresso. São quatro treinadores na zona de rebaixamento e só eu sou tudo isso, porque você me pediu dinheiro e eu não vou dar.”

EM TEMPO: o Blog do Paulinho solicitou, por email, posicionamento da ACEESP, e, diferentemente doutros tempos, a entidade até o momento não se pronunciou.

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