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Na última segunda-feira, em reunião do Conselho de Administração, no intuito de punir um conselheiro do clube, Paulo Cesar Ferreira, por criticar a gestão publicamente – o que, por si, é um absurdo – além de questionar, juridicamente, procedimentos da diretoria, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello mostrou-se, preocupantemente, adepto do “vale-tudo”.

O referido conselheiro estava sendo absolvido na votação, quando o mandatário rubro-negro exonerou três de seus vices (que não poderiam votar se estivessem nos cargos), que reverteram, na hora, o quadro da reunião, para, minutos após o “golpe”, reconduzi-los novamente à vice-presidência.

Um subterfúgio rasteiro, imoral e de legalidade questionável.

De absolvido, Paulo Cesar Ferreira tornou-se condenado a 360 dias de suspensão.

Bandeira de Mello vem sendo exaltado pela mídia por realizar uma gestão que priorizou reduzir despesas e dívidas flamenguistas, apesar de que, no futebol, ao contratar e manter gente como V(W)anderlei(y) Luxemburgo no comando, condenado por falsidade ideológica, indiciado por diversos crimes mais, além de ter, comprovadamente, lesado o Flamengo em sua última passagem fazendo “rolos” com jogadores, tenha demonstrado, desde aí, preocupante desapreço pela moralidade.

É bom o torcedor rubronegro abrir os olhos para que enxergue melhor o que, por vezes, o coração, fomentado pela imprensa, trata por turvar, evitando ser pego de surpresa em atitudes que nem sempre são tratadas com a devida atenção, mas revelam muito mais do dirigente do que os ‘grandes feitos”, na verdade, obrigatórios, de gastar menos e somente dentro do que se arrecada.

Uma gestão que não aceita, e pune o contraponto, preferindo o aplauso bajulatório dos que preferem estar sempre ao lado do poder, além de antidemocrática, caminha sem perceber para a soberba, costumeiramente acompanhada pela ruína.

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