Executivos das principais empreiteiras do pais, presos como corruptores da Petrobras, e, tudo indica, doutras empresas mais, ligadas ao Governo, definiram a estrategia de defesa para minimizar – ou justificar – a própria corrupção: foram “extorquidos”.
Trata-se, evidentemente, de uma meia verdade.
É fato que os bandidos do PT, quadrilha comandada por um ex-vendedor de greves e delator da Ditadura, atuam no Governo e nas empresas que estão em poder do grupo com hábitos semelhantes às piores máfias existentes no planeta.
Extorquem, matam, roubam, desviam, ameaçam, mentem e garantem, com o cabresto do assistencialismo, a continuidade de suas práticas, assim como faziam, décadas atrás, Al Capone, nos EUA, e a Mafia Siciliana.
Porém, é inverossímil que poderosos proprietários de empreiteiras não estimulem também a prática, sabedores de que obterão lucro desproporcional, em todos os negócios, às custas do suor do povo e de muita corrupção.
Todos fazem parte do mesmo esquema.
Ninguém sequer demonstrou arrependimento ou ímpeto de denunciar.
No submundo do futebol, a prática é semelhante.
Dirigentes de clubes precisam dividir direitos de jogadores com empresários, e deles se utilizam para ocultar a própria participação nos negócios, retirando dos caixas das agremiações o dinheiro que deveria dar-lhes a autonomia que não mais possuem.
Como desculpa, dizem ser “extorquidos” pelos intermediários, com o discurso de que os atletas “serão levados para outro clube”, quando, na verdade, são os maiores beneficiários do esquema.
É exatamente o que ocorre no caso da Petrobras.
Os “extorquidos” ficam cada vez mais bilionários, recompensam os corruptos com generosa contribuição, mantém o circulo de negócios com as ações descritas, e depois, quando pegos com a boca na botija, defendem-se como se fossem vítimas de um sistema que os próprios sempre alimentaram.