Desde que a gestão Mario Gobbi assumiu o poder, se intensificou a promiscuidade das relações, iniciadas ainda no exercício de Andres Sanches, do empresário Luis Fernando Garcia e o departamento de futebol do clube.
Seja o profissional ou o da base, em que boa parte dos atletas estão dominados pelo grupo.
O caso Maicon, revelado pelo Blog do Perrone, em que 70% do atleta é dominado por Garcia e outros “Parceiros” ligados a ele, é apenas um entre dezenas de operações, que envolvem desde empréstimos pessoais, até interpelação pública do ex-diretor de futebol, Roberto “da Nova” Andrade, chamado de “ladrão” pelo empresário, em clara discussão por desacordo comercial.
Não diz a verdade o Presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Ademir Benedito, ao alegar “desconhecimento” de que o empresário, que é conselheiro alvinegro, realiza as referidas negociatas, em desconformidade com o Estatuto alvinegro, que não permite, e pede punição a tal operação.
Todos no Corinthians sabem que Garcia trabalha em sociedade oculta com Andres Sanches – dividem até o assessor de imprensa, Oliverio Junior, também agente, ligado, não por acaso, a Kia Joorabchian – e declarada com um ex-funcionário da DIS, que, segundo se fala nos bastidores do esporte, teria aplicado golpe em Delci Sonda, “roubando-lhe” parte dos atletas do grupo, muitos deles listados na base alvinegra.
A ligação com Andres é tão forte que Luis Fernando Garcia é dono de um dos dois camarotes vendidos até o momento no “Fielzão”.
O outro é de seu irmão, Paulo Garcia, oposicionista, que, nos bastidores, apesar de ter contribuído para a campanha de Sanches à Deputado federal, discursa em desaprovação à conduta do parente.
Fato é que Luis Fernando vem fazendo campanha dentro do clube para a continuidade dos atuais gestores, que praticamente nomearam-no uma espécie de “diretor de futebol” oficioso, responsável por indicar, e dividir o lucro, com seus facilitadores, em diversas negociações.
O maior adversário para continuidade de sua promiscua relação com o Corinthians é o oposicionista Roque Citadini, que, em reuniões fechadas, e também publicamente, em seu blog, declarou que irá eliminar do Parque São Jorge qualquer participação de empresários na vida do clube.
Fernando Garcia, inclusive.
Osmar Stabile, apesar de não se pronunciar oficialmente sobre o caso, diz também, a seus pares, ser favorável a apuração do envolvimento do empresário com jogadores do clube.
Espera-se, agora que Ademir Benedito e demais conselheiros tiveram acesso, “oficialmente”, ao que, constrangedoramente, já sabiam, tomem providências, não apenas com relação a punição de um conselheiro que faz negócios dentro do clube, mas também aos atuais gestores, e seus parceiros, que permitem e estimulam a operação.