A partir de hoje, algumas normas de comportamento, baseadas na experiência recente da Copa do Mundo, passarão a vigorar no Brasileirão, e noutras competições “organizadas” pela CBF.
Mas não por iniciativa da entidade, que cumprirá exigência da Rede Globo, feita em recente reunião.
Dentre as quais está a obrigatoriedade da divulgação das escalações dos times uma hora antes do embate, e a regulação, também de alguns limites para a imprensa.
Nesse quesito, com medidas boas e outras nem tanto.
A proibição, por exemplo, de jornalistas questionarem treinadores e jogadores sobre lances polêmicos da partida é uma aberração, e, para o bem da profissão, não deve ser aceita, muito menos obedecida.
Com relação a permanência de um limite máximo de 30 repórteres de rádio no gramado das partidas, sou favorável.
Não há sequer dez jornalistas com a capacidade para realizar questionamentos pertinentes – ou desprovidos de interesses – aos entrevistados.
Mais atrapalham do que trabalham, com raríssimas exceções.
Trinta profissionais no gramado – poderiam bem ser os tais 16 sugeridos pela emissora – facilitará a vida de todos, evitando que o bom profissional tenha que disputar espaço com medíocres na sempre árdua luta de conseguir declarações aproveitáveis de jogadores de futebol.
Haverá prioridade da Globo para entrevistas na televisão, o que, convenhamos, era esperado, afinal é a emissora que paga a conta, por sinal, nada barata.