Por NAPOLEÃO DUMONT*
O cerimonial da FIFA já decidiu, conforme noticiado, que caberá à Presidente do País sede da “Copa das Copas” entregar o troféu da Copa ao Capitão do país campeão.
Mas já circulam versões no sentido de que nossa orgulhosa presidenta pretende eximir-se da tão desagradável tarefa de entregar a Taça (do mundo – que no Governo Militar era Nossa) a adversários.
Os rumores dizem que sua excelência, ao receber o agora incômodo Troféu das mãos do Presidente da FIFA para entregá-lo ao merecido Campeão, devolve-lo-ia ao Sr. Blatter, para que este mesmo fizesse a entrega.
Outra versão – segundo meus informantes – diz que o Ministro das Relações Exteriores (antigamente o “Itamaraty” – Instituição diplomática e então mundialmente respeitada e admirada) já estuda a possibilidade de a Presidenta receber a Taça e “gentilmente” passá-la para o/a Chefe de Estado do País vencedor fazer a entrega ao Capitão da equipe.
Pareceria uma deferência, uma cortesia.
Mas, para nós, não passaria de despeito.
Qual seria a reação da torcida quando a Dra. Dilma aparecer no telão ?
Que os telespectadores não poderão ouvir, porque, como ocorreu dias atrás, as retransmissões suprimiram o áudio.
Sou absolutamente contra as ofensas, mas há quem sustente que está dentro da lógica chamada democrática. Quem elegeu – ou não elegeu – tem o direito de manifestar seu desagrado. Trata-se, apenas, de uma graduação dos meios segundo a índole de cada um.
No Século XVIII, já dizia Voltaire, sobre a essência dos valores democráticos – a liberdade de manifestação do pensamento: “posso não estar de acordo com nenhuma das palavras que você está dizendo, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-las”.
*Napoleão Dumont é pseudônimo de um ilustre representante das Forças Armadas Brasileiras.