Diante da desesperadora situação financeira do Corinthians, o CORI, do clube, autorizou seus dirigentes a constituir novo Fundo para gerir o “Fielzão”, que trabalhará em conjunto com o anterior, ARENA FII, que nada arrecadou e dívidas, várias, deixou.

Trata-se do Corinthians Properties Gestão de Arenas Ltda.,

De cara, o clube cedeu ao novo Fundo parte dos assentos VIPs, além dos camarotes do novo estádio, por 15 anos, na esperança de que este os comercialize e consiga arrecadar recursos para amenizar a dívida com a ODEBRECHT.

Exatamente a operação que foi recriminada, anteriormente, por essa própria diretoria, e que foi um dos motivadores da rejeição de projeto de estadio apresentado antes mesmo de se pensar na construção em Itaquera.

Fato é que o novo Fundo nada mais é do que uma maneira de driblar as fiscalizações por ocasião dos problemas conhecidos e escancarados com os cotistas anteriores, e que, na prática, servirá aos mesmos princípios e proprietários, sem que, até o momento, nenhum recurso relevante tenha sido gerado, apenas despesas com advogados, pareceres, etc.

O desespero do Corinthians fica ainda mais evidenciado, conforme demonstra documento abaixo, indicando que o clube precisa vender as cadeiras para finalizar a obra, escancarando a total falta de planejamento de quem contava com as facilidades e promessas do dinheiro do BNDES.

Certamente a Odebrecht, que já adiou em quatro oportunidades o recebimento dos empréstimos pontes,  que já beiram os R$ 400 milhões entre valor principal, juros e multas, sem contar o restante da dívida, sinalizou ao clube que não mais colocará dinheiro a fundo perdido no “Fielzão”, exigindo ser ressarcida, ao menos, do dinheiro tomado com Banco do Brasil e Santander.

Resta saber, porém, se realmente a finalidade dos diversos Fundos criados – que são remunerados, por sinal, com valores expressivos – é a de conseguir recursos para a obra e demais despesas, porque, na hora do “vamos ver”, quem entra com o patrimônio é o próprio Corinthians ?

Já que, o número aproximado de cadeiras no negócio, fala-se em 13 mil, será receita que o clube deixará de arrecadar por, pelo menos, 15 anos.

Cori reunião

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