A verdade sobre o rebaixamento do Corinthians, em 2007
“O Corinthians não caiu com o (Alberto) Dualib (ex-presidente). Caiu nas nossas mãos.”
A frase acima, de Luis Paulo Rosenberg, vice-presidente do Corinthians, em entrevista ao “Terra Magazine”, restabelece uma verdade histórica, soterrando as distorções comandadas pelo seu próprio grupo político, no Parque São Jorge.
Assim que Andres Sanchez assumiu a presidência do Corinthians, em mandato tampão, após o afastamento de Alberto Dualib, em 2007, o Corinthians encontrava-se em posição intermediária no Campeonato Brasileiro, distante ainda da possibilidade de rebaixamento.
Em reunião de diretoria, presenciada por, no mínimo, uma dezena de pessoas, Sanchez procurou discutir o que deveria ser feito com a equipe de futebol, que atravessava má-fase naquele momento.
Em sua fala, argumentou que deveriam manter tudo como está, sem mexer em absolutamente nada, nem no diretor, que era Antoine Gebran.
“Se a gente mexer e o time cair, vamos levar a culpa. Se não mexer, e isso acontecer, a culpa vai ser do “velho” (Dualib)”, disse Andres.
“Depois, se o time subir, os heróis vai (sic) ser a gente”, complementou.
Seus argumentos foram aprovados pelo grupo, e nada foi feito .
O resultado, trágico, conhecido por todos, aconteceu, na verdade, muito mais por omissão da gestão Andres Sanchez, do que pela ação do presidente anterior.
Largou-se um barco, que já não era confiável, à deriva por pura politicagem.
Torcedores do clube, sem nada saber, assistiram a um desastre anunciado, de uma orquestra abandonada pelo maestro.
Rosenberg, que participou de tudo, e também se omitiu, talvez involuntariamente trouxe à tona a verdade dos fatos, numa simples frase de sua entrevista.

