Numa grande partida de futebol, o Boca Juniors jogou como se estivesse em La Bombonera, empatou em zero a zero com a ótima LaU, e classificou-se para sua décima final de Libertadores de América.
Os argentinos ditaram o ritmo da primeira etapa, esperando os chilenos, que demonstravam nervosismo, e levando bem mais perigo nos contra-ataques.
Riquelme, extraordinário, desfilou em campo e criou as principais jogadas ofensivas do Boca, com lançamentos e toques de bola sempre precisos.
Foi dele a principal chance de gol do primeiro tempo, aos 8 minutos, quando, de primeira, com enorme categoria, pegou cruzamento pelo alto e acertou o travessão de Jonny Herrera.
A única oportunidade da LaU ocorreu em despretensioso levantamento na área, que Junior Fernandes cabeceou no canto e Orion fez grande defesa.
Muito pouco para o futebol que possui e, estranhamente, não estava jogando.
Aos 26 e 27 minutos, em dois lançamentos precisos de Riquelme, Mouche perdeu gols quase feitos.
No primeiro lance, tentou cavar pênalti, na sequencia, bateu na saída de Herrera, que fez boa intervenção.
A LaU, sem alternativa, partiu com tudo para cima do Boca na segunda etapa.
Aos 2 minutos, após boa troca de passes dos chilenos, Marino teve a oportunidade, mas bateu fraco.
O jogo passou então a ficar mais aberto, e agradabilíssimo de ser assistido.
No contra-ataque, por diversas vezes o Boca poderia ter decidido a partida, mas Mouche exagerou no direito de perder gols.
A LaU, aos 9 minutos, levantou o estádio nacional quando Diaz, de falta, acertou o travessão de Orion.
Um minuto depois, Moucho escapou pela esquerda, ganhou na corrida da zaga, e perdeu sua enésima oportunidade, batendo cruzado.
Aos 13 minutos foi a vez de Riquelme pegar de primeira, mas Herrera defendeu.
Dias, o melhor da LaU, arriscou uma paulada de fora da área e Orion fez milagre.
Aos 35 minutos, com pressão dos chilenos, Rui Diaz pegou rebote da zaga argentina e também acertou o travessão.
E o Boca, já cansado, passou a administrar não apenas a partida, mas também o ímpeto adversário, levando, no seu ritmo, sob a batuta do maestro Riquelme, o resultado necessário até o final.
Corinthians e Boca Juniors, nas próximas duas semanas, decidirão quem é o melhor das Américas.
Sem dúvida, um confronto de arrepiar.