Ronaldo Fenômeno, que foi tratado pela revista Carta Capital como candidato a Pelé no campo das idéias, demonstrou, em entrevista à FOLHA, que o não elogio realmente lhe cai muito bem.
Ao ser questionado se sua avaliação sobre a gestão de Ricardo Teixeira frente à CBF era positiva, não titubeou:
“É positiva. Logicamente que não sou advogado e eu me defendo. Estou sempre falando por mim e não falo pelos outros. Mas acredito que a participação dele no futebol deu uma grande contribuição. A maior de todas foi ser o articulador para trazer a Copa do Mundo para o Brasil.”
Outro trecho “interessante” diz respeito às possíveis movimentações dos clubes para, quem sabe, criar uma Liga que possa gerir o futebol brasileiro, desvinculando muitas decisões da CBF.
Ronaldo, como fazem os “cordeirinhos” do sistema, 23 anos após a ditadura anterior, acredita ser “muito cedo” para mudanças:
“(…) eu acho que é cedo para falar disso. Qualquer mudança agora, no próximo ano ou até a Copa seria um movimento errado. Eu acho que agora a gente tem que tocar o barco do jeito que está. Eu vou me preocupar somente com o comitê. E José Maria Marin, que está na CBF, vai se preocupar com a CBF. Vamos também estar no comitê, ele acumula essas duas posições, mas qualquer movimento agora acho que seria equivocado.”
Para finalizar, o “fenômeno” nos ameaça com uma possóvel carreira política no mundo do futebol:
“Sim, eu quero começar minha vida política do futebol. Quero virar um político do futebol. O futebol ainda tem muito que melhorar, evoluir.”
“Mesmo com a contribuição tão grande que eu dei jogando futebol, posso ser muito mais útil fora das quatro linhas”