Chega ao fim o mandato de Andres Sanches, marcado pelo “rouba, mas faz”, e, por vezes, de levar a fama de fazer, sem de fato ter feito.

Mesmo sua principal bandeira, o estádio, é oriunda de negociação tão nebulosa que poucos sabem ao certo o seu custo, nem as pendências financeiras que foram assumidas, que devem deixar o caixa do clube em situação delicada nos próximos anos.

Seu candidato à sucessão é o delegado Mario Gobbi, dono de estirpe moral semelhante à sua, e a do grupo que o cerca desde sua entrada no Corinthians.

É freqüentador assíduo de inquéritos da corregedoria – quase todos por suspeita de corrupção, além de ter sido citado também na CPI do DETRAN.

Enquanto Diretor de Futebol permitiu a farra dos empresários, desmanchou equipes sem nenhum critério, além de facilitar um esquema que girava em torno do atual treinador da Seleção Brasileira e de seu “manager”, Carlos Leite.

Seu primeiro vice-presidente, Luis Paulo Rosenberg, aclamado por muitos pela gestão no marketing, na verdade, utilizava o departamento como bombeiro, no intuito de pagar incêndios.

Mentiu sobre projetos, exagerou sobre outros, e abriu as portas do clube para uma empresa, a Poá Textil, com três CNPJs no  mesmo endereço, cuidar da marca “Corinthians”, enriquecendo seus “parceiros” e muito pouco devolvendo aos caixas alvinegros.

Além disso, em sua vida pessoal, está suspenso de atuar por oito anos no Mercado Financeiro por ter participado da falência do Banco Pan-Americano e, segundo fontes da Polícia Federal, foi indiciado também por crimes financeiros.

Do outro candidato à vice-presidência, Elie Werdoo, pouco há para se falar, até pela insignificância, ressaltando apenas a submissão canina ao grupo que lá está.

Concorrendo com essa gente está o empresário Paulo Garcia, dono da rede de lojas Kalunga.

Se com o grupo anterior existe a certeza da falta de transparência, com Garcia tudo o que se espera é que este quadro seja alterado.

Bilionário, definitivamente não precisa roubar para sobreviver.

Sua candidatura representa a esperança de austeridade nas finanças e o fim do “comercio” instaurado no departamento de futebol.

Promete ainda profissionalizar todos os setores do clube, além de finalizar, com as contas  abertas, obras iniciadas na gestão anterior.

Será, evidentemente, cobrado por suas promessas e avaliado, principalmente, pela maneira de cumpri-las.

Falando de seus candidatos à vice-presidência, teremos outro empresário, Osmar Stabile, que será observado de perto por este espaço, por um passado, no mínimo, controverso em gestões anteriores.

Embora, pelo patrimônio que possui, também não precise se locupletar das coisas do clube.

Há também o magistrado Celso Limonge, pouco conhecido no clube, mas de vida pública notória.

Com relação às chapas de candidatos ao Conselho, há nomes complicados em ambos os lados, frutos de acordos políticos – abominados por este espaço, mas presentes em toda a vida política deste País.

Diante do quadro traçado e comentado nas linhas acima, fica evidente que o posicionamento deste jornalista é pela vitória da chapa liderada pelos oposicionistas, fruto da rejeição dos métodos adotados pela chapa adversária enquanto no poder e também da esperança de que este quadro seja modificado nos próximos anos.

E, seja lá qual for à chapa vencedora, este espaço permanecerá “oposicionista” – como manda o jornalismo de verdade – apontando implacavelmente quaisquer desvios de conduta eventualmente praticados.

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