Sem jogar um futebol de causar suspiros, o Santos fez o suficiente para vencer o valente Kashiwa Reysol, por três a um, classificando-se para a terceira final de campeonato mundial de sua história.

Vitória que foi oriunda de três jogadas individuais de seus jogadores, mais qualificados, sem dúvida, do que os do adversário, mas que preocupa, vislumbrando o possível embate com o Barcelona, pela péssima atuação de seu setor defensivo.

O melhor momento do Peixe na partida foram os primeiros vinte e cinco minutos da primeira etapa, em que não correu riscos e conseguiu abrir dois a zero no marcador.

Antes, porém, Neymar, com a categoria habitual, já havia colocado uma bola na trave.

E foi de seus pés que a vitória começou a ser contruida.

Aos 19 minutos, Neymar dominou a bola com categoria, num drible desconcertante deixou o adversário sentado no gramado, e definiu de maneira impressionante, de esquerda, no ângulo direito de Sugeno.

O segundo gol não tardou a acontecer, quatro minutos depois, em nova jogada individual, desta feita de Borges, que, da entrada da área acertou o ângulo direito adversário.

Dois a zero indicando que outros mais poderiam acontecer.

Mas, aparentemente contente com o resultado, o Peixe passou a administrar o jogo, sem correr riscos na partida.

Embora, aos 41 minutos, Jorge Wagner tenha perdido gol em boa defesa de Rafael, indicando, talvez, que o Kashiwa voltaria com tudo para o segundo tempo.

E voltou.

No início, o Santos até conseguiu, aproveitando-se dos ataques japoneses, criar duas boas oportunidades em contra-ataques, uma com Danilo e outra com Ganso, mas, depois com o gol japonês, aos 8 minutos, de Sakai, após escanteio batido por Jorge Wagner, o panorama da partida se alterou.

Os japoneses dominavam e levavam ampla vantagem sobre a defesa brasileira.

Por sorte, aos 17 minutos, Danilo bateu falta da intermediária, com rara felicidade, e desafogou o Peixe colocando três a um no marcador.

Mesmo assim, o Kashiwa tentou muito, colocou bola na trave, e deixou o torcedor do Santos preocupadíssimo para a disputa da final do campeonato.

No final, Ibson, que acabara de entrar, quase fez um golaço de cobertura, em bola que também acertou o travessão.

As decepções foram o mal futebol de Elano, a morosidade de Ganso e os desacertos da defesa, fatores que precisam ser corrigidos para que o Peixe tenha mínima chance contra o melhor time do mundo.

Valeu, é claro, pela vitória, e, quem sabe, a oportunidade de fazer história novamente.

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