“Aqueles que não tiverem [chances de medalhas], nós temos que apenas mantê-los no esporte, agradecer. Não adianta gastar os recursos com quem não tem condições de chegar”

Esta declaração lamentável de Carlos Arthur Nuzman demonstra claramente a enorme bobagem que o COI fez ao escolher o Brasil como sede das Olimpíadas de 2016.

Nuzman deixa claro que não haverá legado, nem a tão sonhada massificação do esporte.

O pensamento é o de minimizar o inevitável vexame no quadro de medalhas desviando uma enorme quantidade de dinheiro para poucos privilegiados, alguns com qualidade, outros apenas apadrinhados.

Os atletas iniciantes podem acordar do sonho Olímpico.

Não haverá dinheiro nem incentivo para eles.

E, como de costume, após o final dos jogos, mesmo os atletas medalhistas, após os cinco minutos de fama, serão abandonados pelo COB, que importa-se apenas com os holofotes momentâneos da vitória.

O Governo tem a obrigação de cobrar uma atitude diferente desta gente, mas está tão comprometido com os conchavos que no máximo trabalhará para evitar as inevitáveis CPIs que virão na seqüência.

Nuzman, sabedor de que a impunidade o protege, continua divertindo-se nas cada vez mais panfletárias coletivas de imprensa.

A lição do Pan realmente não foi aprendida.

Facebook Comments