Por ALBERTO MURRAY NETO

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Muita gente perguntou-me, ontem e hoje, o que eu achei da avaliação das Cidades candidatas divulgada pelo Comitê Internacional Olímpico (”CIO”).

Pois minha opinião é a seguinte: Os relatórios preocuparam-se em, ao mesmo tempo, enaltecer e criticar pontos diversos das quatro candidatas, dando a impressão de que todas estão no páreo.

Foi um relatório absolutamente político e pensado do ponto de vista de marketing.

Se fossem atribuídas notas às Cidades candidatas, poder-se-ía criar uma, ou duas favoritas. Isso diminuiria o interesse da mídia e do público sobre o tema, na medida em que haveria o clima do já ganhou.

Enquanto o CIO põe as quatro Cidades em um mesmo patamar, ele consegue não desviar os holofotes da questão.

E em cada um dos Países representados, cria-se um frison, que pode até beirar níveis de histeria coletiva, para os  menos informados.

A mesma euforia que tomou conta dos organizadores do Rio 2.016, tenham a ceteza, ocorreu nas demais candidaturas. Ou seja, pelo relatório do CIO tudo continua indefinido. Assim, o desfecho da corrida eleitoral Olímpica permanece sendo pauta mundial. E quanto mais tempo de exposição na mídia do planeta, mais os top sponsors do CIO ficam felizes.

Os Jogos Olímpicos são, antes de tudo, um negócio.

O que é pior: Ser criticado por não ter apoio popular suficiente? Ou por não ter hotelaria e transportes adequados?

Cada um vai tirar as conclusões de acordo com as suas próprias conveniências.

Vamos  recordar que, quando da primeira avaliação do CIO, quando efetivamente atribuiu-se nota às Cidades, quesito por quesito, o Rio veio em quinto lugar, atrás de Doha, que somente não ficou na disputa porque escolheu datas inaceitáveis pelo CIOe por seus patrocinadores.

De lá para cá, o que mudou na Cidade e no País?

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