Por Boni

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Não há como fugir do assunto.

A mídia, no entanto, tem que se policiar.

Não dá para roer os ossos.

Com a carga dramática que o crime encerra a mídia não pode carregar nas tintas e acentuar o que já é trágico por si só.

Há , inclusive, o risco de saturação em qualquer veículo.

De repente ninguém aguenta mais.

Não quero avaliar se este ou aquele veículo fez uma cobertura mais correta, mas a coisa está ficando insuportável.

Creio que só a informação factual interessa agora.

Se nada de novo houver para dizer, se nenhum fato novo ocorrer, insistir no assunto é perigoso.

Especialmente a televisão, pela sua agilidade, tem que se comportar nessa linha factual.

A cobertura de casos que provocam uma comoção nacional é cheia de armadilhas e as distorções de cobertura ocorrem no mundo inteiro.

Aconteceu aqui nos Estados Unidos com o O.J. Simpson.

Aconteceu na Europa com o desaparecimento da Madeleine em Portugal.

Mas tem uma hora que chega.

Vira cachorro correndo atrás do próprio rabo.

Por isso guerra de audiência não vale.

Quando o drama não for mais manchete dos jornais e não segurar mais o IBOPE da TV,  tudo voltará ao que era antes.

Mas se houver sensacionalismo as marcas da exploração demoram para ser apagadas.

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