Sérgio Moura e Augusto Melo

A composição do contrato do Corinthians com a ‘Vai de Bet’, anunciado a R$ 360 milhões por três anos, revela-se, a cada dia, menos realista.

Para implementá-lo, o clube confessou dívida na casa dos R$ 70 milhões, referentes à multa contratual com a PixBet e ao pagamento de R$ 25 milhões em comissão a parceiro do presidente.

Em vez de R$ 360 milhões, o valor caiu para R$ 290 milhões.

Mas existe uma ‘pegadinha’.

A ‘Vai de Bet’ adquiriu o direito não apenas de figurar na camisa do futebol masculino, mas também no futebol feminino e nos times masculinos de Basquete e Futebol de Salão.

A título de comparação, o ‘Esporte da Sorte’ pagará R$ 20 milhões ao Palmeiras para patrocinar o futebol feminino alviverde.

Se renovado para 2025 e 2026 – sem contar a possibilidade de aumento do investimento, corresponderia a R$ 60 milhões anuais.

É pouco provável que as Brabas, diante de histórico mais vencedor, além de maior exposição midiática, renderiam menor valor ao Corinthians.

Utilizando os R$ 60 milhões como parâmetro, o acordo com a Vai de Bet cairia de R$ 290 milhões para R$ 230 milhões.

Em vez dos R$ 120 milhões anuais, o site de apostas renderá, no futebol profissional, apenas R$ 76,6 milhões ao Corinthians – sem contar os descontos da exposição no futsal e basquete.

A Crefisa paga R$ 81 milhões anuais ao Palmeiras, com possibilidade de mais R$ 34 milhões de bonificação por metas (que estão sendo atingidas) e R$ 6,8 milhões em propriedades de marketing.

E não rendeu comissão a intermediários.

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