Quase quatro meses após a posse, gestos de deslealdade desencadearam uma série de circunstâncias que podem levar o agente de jogadores Augusto Melo, ainda antes do que se imaginava, a sofrer impeachment no Corinthians.
É a temperatura atual em Parque São Jorge.
Augusto traiu Rubens Gomes ao deixá-lo de fora do negócio da ‘Vai de Bet’ – que rendeu R$ 25 milhões aos intermediários.
São atribuídos a Rubão vazamentos de documentos da gestão, entre os quais os que revelaram a empresa, ligada ao Presidente, que embolsou a comissão do site de apostas.
Em meio ao escândalo, surgiram rumores de um acordo que pudesse salvar a todos no Corinthians.
Ontem, no twitter, Roque Citadini alertou:
“Ninguém ficará surpreso com grande acordo no Parque São Jorge. Mas, não será por bons motivos”
“A tal auditoria será esquecida ou – em saindo- será atenuada”
“Entram no salvamento as contas passadas e o contrato de publicidade que gerou essa enorme comissão. Todos serão salvos”
Horas após, a situação política de Augusto Melo piorou.
Fran Papaiordanou, aliado de Tuma Junior – presidente do Conselho, que pressionava desde antes das eleições para que seu grupo controlasse a diretoria de futebol, desistiu do cargo.
As razões são óbvias.
Ainda manifestam apoio à diretoria, tirando os sustentados pelo presidente (São Jorge 77, etc.), os grupos chefiados por Raul Corrêa da Silva e Felipe Ezabella – o afamado ‘Centrão’.
O objetivo é garantir Fernando Alba na diretoria de futebol.
Em não atingido, a tendência é de ‘desembarque’.
A perda de apoio político de Augusto Melo, além das revelações dos contratos de patrocínio, esfriaram qualquer movimentação em torno de um acordo com a diretoria anterior.
Se o impeachment for pautado – e há razões para que isso ocorra, o presidente, muito provavelmente, será afastado.