Marcos Boccatto, Vinicius Cascone e Augusto Melo

Assim que anunciou o contrato com o site de apostas ‘Vai de Bet’, o agente de jogadores Augusto Melo, presidente do Corinthians, contou algumas mentiras.

Disse que a empresa pagaria a multa contratual da rescisão com a Pixbet – antiga patrocinadora – e que não houve intermediários no negócio.

Falou também que o contrato foi aprovado pelo departamento jurídico.

Sabe-se agora, diante do exposto em ações judiciais e também em matérias jornalísticas, que, dos R$ 120 milhões prometidos (neste ano), apenas R$ 50 milhões permanecerão nos caixas do Corinthians.

Quase R$ 45 milhões serão destinados à Pixbet e R$ 25 milhões pagos, em comissão, a uma empresa de parceiro comercial do diretor de marketing Sergio Moura, sócio do Presidente.

R$ 70 milhões a menos do que a promessa inicial.

Compreende-se, agora, as razões de Augusto Melo ter comunicado, também no dia da apresentação, que a Vai de Bet teria adiantado R$ 20 milhões no ato da assinatura.

O dinheiro, tudo indica, era para abastecer a conta dos comissionados.

Yun Ki Lee

Diante desta aparente trapaça, que teve o Corinthians como vitimado, além de Augusto Melo e Sérgio Moura, se faz necessário adicionar ao rol de ‘suspeitos’ o diretor jurídico Yun Ki Lee.

Apesar de ter recebido o documento pronto (quem analisou, juridicamente, foi o bacharel em direito Vinicius Cascone – secretário geral do Timão), o cartola, segundo palavras do próprio Presidente, avalizou o negócio:

“Passou pelo jurídico em primeira mão, é um contrato que vem se estendendo há algum tempo, conhecendo a empresa, as garantias. Foi aprovado pelo jurídico e pelo compliance”

Resta saber, porque conviveu com o ‘preposto’ na campanha eleitoral, ou seja, sabia das ligações com o presidente, se Lee o fez por incompetência ou para, de alguma maneira, ser recompensado pela assinatura.

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