Candidatos mentem no Corinthians para acolher financiadores de seus projetos

Duas são, ou deveriam ser, as funções principais das categorias de base de qualquer equipe relevante do futebol brasileiro: formar jogadores para o time principal e, destes, garantir o sustento do clube no mercado da bola.
Antes dos cartolas associarem-se, para enriquecimento pessoal, com os agentes destes atletas, era assim que funcionava.
Não à toa nossos campeonatos, apesar de desorganizados, possuíam elencos fabulosos em disputa pelas taças.
Em campanha eleitoral, candidatos a presidente do Corinthians, quando questionados sobre o clube ser detentor da totalidade dos direitos de seus jogadores, desconversam.
Alguns dizem que no contexto atual seria uma impossibilidade.
Não é verdade.
O que ocorre é que os postulantes, financiados pelo dinheiro do mercado, precisam defender os negócios dessa gente, que acabarão, em caso de vitória, unindo-se aos dos próprios.
Qual a razão do Corinthians manter na base atletas sobre os quais não possui direitos ou apenas ínfimos percentuais deles?
A prioridade dos intermediários, que comandam o destinos do jogadores, apesar do clube pagar todo o restante das despesas de formação, é o de fazer dinheiro rápido, sem margem a decepções que poderiam ocorrer no futebol profissional.
Possuindo a totalidade dos direitos, o Timão decidiria quando os atletas seriam integrados ao time principal e o melhor momento para negociações.
É provável que nem todos, acostumados com a promiscuidade imposta nas últimas décadas, aceitariam firmar contrato com o Corinthians, o que seria ótimo para o clube, não ruim, como defendem os candidatos.
Qual ídolo formado na base alvinegra nos últimos anos pode ser considerado acima de mediano, imperdível?
Eis o ponto.
Nesses esquemas de agentes com dirigentes, invariavelmente, os desapadrinhados, ainda que melhores jogadores, são dispensados para dar vaga aos que se ligam, desde o princípio, com a conivência dos cartolas, aos operadores de contratos.
Da mesma maneira que alguns não aceitariam permanecer nos termos que interessam, de fato, ao Timão (totalidade dos direitos econômicos), número infinitamente maior daria a vida para jogar simples amistoso pelo alvinegro, quanto mais um campeonato pela equipe principal.
Este seria o desafio e a verdadeira ‘peneira’ que traria ao clube somente possibilidades reais de lucratividade, fossem elas esportivas e comerciais.
Manter as coisas como estão é continuar utilizando o Corinthians a serviço de terceiros.
O candidato favorável a este comportamento joga com a camisa do ‘parceiro’, contra o clube, sempre por dinheiro.

Boa tarde Paulinho,
Feliz Páscoa.
Vi ontem a chamada de um vídeo do ídolo Vladimir apoiando o candidato Augusto Melo.
É verdade mesmo?
Como é possível?
Comente por favor.
Abraços.
Egas S. Monteiro Junior