
Bruno Rizzo
A Prefeitura de São Paulo renovou, na última quinta-feira, o alvará de funcionamento do ‘Fielzone’, um dos camarotes mais populares da Arena de Itaquera.
Duas mil pessoas é a lotação máxima permitida.
Se nesta documentação não há, ao que parece, margem para suspeitas, o mesmo não se pode dizer do acordo firmado entre a empresa ‘Fielzone Chopperia e Pizzaria Ltda’, constituída em 13 de outubro de 2020 – no auge da pandemia -, que é a operadora do empreendimento, com o Corinthians.
Apesar de ocupar 1,2 mil m² do estádio, o contrato não prevê pagamento de aluguel.
No documento, o camarote está em nome de Bruno Mendonça Rizzo, mas é notória a influência de conselheiros ligados à diretoria do Timão, principalmente Eduardo ‘Gaguinho’ Ferreira e Ronaldo Giovanelli.
A remuneração do clube é composta, apenas, por percentual do faturamento da casa.
Situação, no mínimo, arriscada.
Em hipótese: se os ‘parceiros’ fossem desonestos, até com alguma facilidade – como ocorre em diversos empreendimentos do mesmo ramos de atuação – poderiam mascarar a renda da operação.
Por obrigação contratual, o Corinthians tem que repassar ao Arena Fundo todos os valores oriundos do estádio para que o montante ajude a pagar as pendências com CAIXA e Odebrecht.
Nova suposição: se as notas fiscais são emitidas pelo ‘Fielzone’, estaria o clube, ilegalmente, deixando de contabilizar essa quantia como faturamento, direto, do Itaquerão?
Amanhã (20), o CORI do Corinthians se reunirá, exatamente, para falar sobre acordo de pagamento que estaria em vias de assinatura com a CAIXA, do qual tratamos, em detalhes, no texto de ontem:
Acordo do Corinthians com a CAIXA ‘melhorou’ de péssimo para ruim… mas pode ficar pior
Os conselheiros alvinegros não podem perder a oportunidade de questionar os cartolas sobre mais esse estranho negócio.