Ontem, por 361 a 264, a chapa oposicionista ‘Luta pela Democracia’, encabeçada por Octávio Costa e Regina Pimenta, superou a ‘Democracia e Renovação’, de Cristina Serra e Helena Chagas, e venceu as eleições da ABI.
A princípio, um resultado ruim para o país.
O grupo que perdeu as eleições representava a continuidade de uma gestão que, nos últimos três anos, dentre diversas realizações, restabeleceu o protagonismo da ABI no cenário nacional.
Descentralização e diversidade seriam os próximos desafios em meio ao combate, obrigatório, aos desmandos do governo Bolsonaro.
É pouco provável que a diretoria eleita siga por todos estes caminhos.
Os métodos são bem diferentes.
Octávio Costa, o novo presidente, evidenciou, durante a carreira e, mais recentemente, nesta campanha, profundo desprezo pela verdade, além de flexibilidade ética incompatível com o desafio que se avizinha.
Ontem, quem presenciou a pequenez de seu discurso, minutos após a vitória, saiu ainda mais alarmado.
Uma espécie de trailer do que estaria por vir.
Tomara, e é realmente o que espero na condição de associado efetivo da ABI, que alguns membros da nova diretoria, que possuem reputação a zelar, consigam minimizar os estragos e retrocessos sugeridos.
Nós, agora oposicionistas, certamente estaremos alertas para qualquer possibilidade de desmando.
Mais do que os jornalistas, o Brasil precisa de uma ABI forte, protagonista e generosa.
Que Octávio Costa surpreenda a todos.
Tem de ficar mesmo de olho e cobrar tudo que foi prometido. Vi gente da esquerda declarada que acharam bom o resultado. Então tem de mantê-los informados de desmandos, se ocorrerem.