Diante das denúncias, amplamente documentadas, do comportamento asqueroso do Presidente da CBF, é terrível constatar a covardia da cartolagem dos clubes brasileiros, incapaz de se contrapor ao que existe de mais abjeto no submundo esportivo.

Todos permanecem em silêncio.

Somente o São Paulo, timidamente, disse que ‘aguarda o término das investigações’, mas apenas pela pressão de Rogério Caboclo ocupar o cargo de conselheiro tricolor.

Além dessa questão, os cartolas estão perdendo grande oportunidade, diante do caos instaurado na Casa Bandida, presidida por um fantoche de dirigente investigado por corrupção, de tomarem as rédeas do futebol.

Urge a necessidade de nossos campeonatos serem administrados através de Ligas, independentes do comando da CBF.

Nem seria necessária, diante da urgência, aguardar a burocracia.

Há tempos está constituída a Liga de Futebol Nacional do Brasil, que administra Ligas estaduais e promove campeonatos com equipes históricas que, por razões diversas, romperam com o status quo.

Bastaria simples adesão e rápida configuração de torneios que poderiam elevar os clubes a patamares sugeridos quando da iniciativa ‘Clube dos 13’, e conquistados, posteriormente, pela experiência inglesa, que fez de agremiações à beira da falência referências mundiais de arrecadação e esportividade.

Vontade política e coragem – ausente no ‘caso Rogério Caboclo’ – poderiam mudar tudo, num piscar de olhos, no futebol brasileiro.

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