O bilionário Elusmar Maggi Scheffer doou R$ 1 milhão para o Internacional pagar a multa do lateral Rodinei, viabilizando a escalação do atleta para a decisiva partida contra o Flamengo.
Desde então, vem sendo tratado com grande generosidade pela imprensa.
Nas últimas horas, ao revelar a biografia do torcedor, apenas aspectos triviais, como sua ligação familiar e nomes de empresas das quais detém algum poder estão sendo expostos pela mídia, assim como o óbvio agradecimento público do Colorado.
Dados relevantes foram ocultados.
O principal deles: a origem do dinheiro.
Elusmar, que, de fato, não economiza quando em satisfação de seus desejos, a ponto de, numa de suas festas de aniversário ter contratado o caríssimo show de Michel Teló, no auge do hit ‘Ai se eu te pego’, recebeu, segundo relatório do COAF, R$ 17,8 milhões da JBS, sem comprovação de serviço prestado.
Destes, R$ 10 milhões foram repassados a família Junqueira Vilela, acusada de lavagem de dinheiro em venda de cabeças de gado no sudoeste do Pará.
Não houve, também, emissão de Notas Fiscais que justificassem o aporte.
Antes disso, em 2009, o MPF libertou 41 pessoas que estariam trabalhando em condições análogas à da escravidão numa Fazenda em Tapurah (433 km de Cuiabá), de propriedade de Elusmar e seus parentes.
Os Maggi alegaram que a propriedade estava arrendada, mas o MPF, à época, através do procurador Augusto Nogami, esclareceu:
“(…) as pessoas vítimas da servidão trabalhavam por dívida e não tinham liberdade para locomoção”
“Dos trabalhadores são cobradas a locomoção e os utensílios de trabalho e de higiene, além da comida que vão consumir”
“A cobrança é feita por “gatos”, os administradores do negócio que agem a mando do fazendeiro”
O caso do esquema do Pará ainda está sendo investigado.
Alheio a isso tudo, Elusmar, que não tem culpa de ser poupado pela mídia, curte a fama de benfeitor colorado, com direito a abertura de conta no Instagram em que as postagens únicas são referentes ao repasse de R$ 1 milhão ao Internacional.
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