Wagninho e Jaça

Em 2005, Marcio Bittencourt, um dos heróis de 1990, assumiu, na condição de treinador, a equipe principal do Corinthians e fez grande campanha, servindo de alicerce para o time que seria Campeão Brasileiro, no mesmo ano.

Somente os esquemas da MSI justificariam sua troca por Antônio Lopes, que levou as glórias pela conquista.

Marcio parecia promissor na carreira, mas, desde então, as coisas desandaram.

Alguns atribuem a falta de sequência aos vícios pessoais, comprometedores da saúde, dos quais o ex-volante alvinegro não conseguia se livrar.

Nesse contexto, Marcio, em dificuldades, virou presa fácil para a cooptação do afamado bicheiro Jaça (com quem já mantinha relação) e, com esse grupo, passou a fazer pequenos ‘bicos’ no Corinthians, desde exibições na equipe de masters até trabalhos ‘não creditados’ na base alvinegra.

Com a permanência da gestão ‘Renovação e Transparência” após as recentes eleições presidenciais, era esperada, como ocorreu, a manutenção do poderio do contraventor, que, até então, dominava apenas a categoria sub-23.

Mas o alcance foi ampliado.

Jaça agora dá as cartas, sem interferências, em todos os departamentos de futebol de base do Corinthians.

Não à toa, o sub-20 incorporou Marcio Bittencourt como treinador e José Augusto, velho conhecido do local, como auxiliar.

Os negócios, certamente, estarão garantidos.

Principalmente para conselheiros e afins, que, estatutariamente, estariam impedidos de intermediar atletas com o clube.

Resta saber se, esportivamente, a parceria funcionará, levando-se em consideração que o último trabalho relevante de Márcio no futebol, como treinador, ocorreu há 16 anos.

Wagninho, ‘gerente’ de Jaça, e Marcio Bittencourt
Facebook Comments