Felipe Ezabella

Em dezembro de 2013, o ex-vice-presidente do Corinthians, Felipe Ezabella, advogou para a Portuguesa no famoso ‘Caso Heverton’, em que o clube acabou rebaixado à Série B do Brasileirão.

Não houve cobrança de honorários, segundo conselheiros da Lusa.

Porém, desde então, a relação entre Ezabella e Lusa estreitou-se.

O ex-cartola alvinegro, dentre diversas atividades, era consultado quando da compra e venda de jogadores do clube.

Para tal formalizou-se vínculo de assessoria jurídica entre as partes.

É interessante notar que, apesar de sempre figurar o nome do escritório ‘Goffi Scartezzini’ nas tratativas com os clubes e jogadores de futebol, como ocorrido, recentemente, nos bastidores de Corinthians e São Paulo, é sempre Ezabella o profissional destacado, pessoalmente, para atender a demanda.

Em 2016, com o agravamento da situação financeira da Portuguesa, as partes entraram em conflito.

Ezabella, através da ‘Goffi’, processou a Lusa, alegando ser credor de R$ 168 mil, cobrados, como acontecido noutros clubes, em boletos de ‘honorários advocatícios’.

Corrigidos, os valores aproximam-se, atualmente, dos R$ 280 mil.

No intuito de garantir o recebimento da pendência, Ezabella, no dia 31 de janeiro de 2017, penhorou o estádio do Canindé, passando a torcer, assim como os demais credores, pelo êxito dos vários leilões em que o imóvel esteve ofertado.

Após o insucesso desses pregões, o advogado alvinegro, há dois anos, vem tentando inviabilizar a operação do departamento de futebol da Portuguesa, solicitando, em juízo, que o clube seja impedido de contratar jogadores.

As tentativas realizadas em 05 de setembro de 2018 e 29 de outubro de 2019 foram negadas pelo judiciário.

Porém, no último dia 22 de junho, Ezabella alterou a fundamentação do pedido, explicando tratar-se de suspensão ‘temporária’ desses registros até que a Lusa resolva a pendência em questão.

A Justiça ainda analisa essa nova solicitação, mas, em sendo deferida, levando-se em consideração o atual contexto administrativo e financeiro da Lusa, seria equivalente a condená-la à extinção.

Candidato derrotado nas eleições à presidência do Corinthians em 2018, Felipe Ezabella apoia, no próximo pleito – a ser realizado em novembro, o nome do delegado Mario Gobbi.


Penhora do Canindé em nome do escritório de Felipe Ezabella


Solicitações de Felipe Ezabella para que a Portuguesa não possa mais registrar jogadores de futebol

 

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