Durante anos, apesar do inegável talento, Neymar fez de tudo, nos bastidores, para afastar-se do sonho de ser proclamado ‘melhor jogador do mundo’ pela FIFA.

Saiu do Santos pela porta dos fundos após jogar vendido ao adversário numa final de Mundial de Clubes e esconder os reais valores de sua transação – até hoje questionada na justiça.

Depois, trocou o Barcelona pelo muito menor PSG, ainda que com investimento de bilionário por detrás.

Em meio a tudo isso perdeu duas Copas do Mundo, escapando do vexame dos sete a um por contusão (da qual, a bem da verdade, não teve culpa), pagou salários a ‘amigos’ e foi até acusado de estupro, após ter pagado para buscar uma garota religiosa no Brasil.

Sem contar as idas e vindas midiáticas com atriz global Bruna Marquezine, com diversas notas desairosas sobre o casal.

Ou seja, muita diversão e pouco profissionalismo.

Aos 28 anos, era análise inconteste, em quase todos os periódicos esportivos, de que Neymar havia perdido ‘o bonde’ e não conseguiria mais conquistar o troféu de melhor do planeta.

Até antes da pandemia, estava atrás, em cotação, de Messi, Cristiano Ronaldo, Mbappe e alguns outros.

Eis que o destino, surpreendentemente, decidiu acolhe-lo.

Barcelona de Messi e Juve de Cristiano foram eliminadas nas quartas de final da Champions League.

O PSG de Neymar, na bacia das almas, avançou.

Ontem, os franceses jogaram bem e eliminaram o Red Bull alemão, garantindo vaga na grande finalíssima, que, provavelmente, será disputada com o Bayern, apesar de que a certeza somente teremos após as 18h.

Nessa configuração, Messi e Cristiano Ronaldo são cartas fora do baralho, coisa impensável, no início de 2020.

Sobrariam como adversários a impedir o sonho de Neymar: Mbappe e Lewandowski.

A regra, que é mais uma tradição do que regulamento, é a do campeão da Champions ter, em seus quadros, o premiado com o troféu de melhor do mundo.

Então, se o PSG sagrar-se vencedor, a disputa, acirradíssima entre Neymar e Mbappe deverá ser decidida a favor do mais decisivo durante os 90, 120 minutos ou as penalidades do jogo derradeiro.

Em caso do Bayern levantar a ‘orelhuda’ não haverá dúvida, o escolhido da FIFA será Lewandowski e seu notável desempenho, o melhor de sua carreira, numa temporada inesquecível.

Facebook Comments