Nas últimas semanas, palcos importantes da pratica desportiva nacional, quase todos administrados por estados e municípios, foram transformados em hospitais de campanha, no esforço da sociedade em lutar contra a pandemia do coronavírus.

O Pacaembu tornou-se símbolo desse tipo de ação.

Dependendo da evolução dos problemas, o próximo passo será solicitar aos clubes que seus estádios ou arenas participem da batalha.

Na última terça-feira (14), em Tribuna Virtual da Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado Dr. Jorge do Carmo (PT) cobrou o governador João Dória, publicamente, para que acelere a ‘ocupação’ do estádio de Itaquera.

O objetivo é atender, com brevidade, a população do extremo leste da capital.

Não será fácil, porém, convencer o Corinthians.

Se, publicamente, o discurso do clube é de cooperação, internamente, inclusive com defesa prévia através de movimentação de bastidores, o trabalho é para preservar a Arena para disputas futuras de futebol.

Cartola alvinegro, sob anonimato, disse ao blog:

“O Paulista, no máximo em um mês, será retomado. Se permitirmos a ocupação não teremos outro lugar para jogar, já que o Pacaembu ficará por bom período interditado”

“No máximo poderíamos ceder a estrutura externa do estádio, nunca a interna, pelas razões que expliquei”

Vale lembrar que a Arena de Itaquera foi construída sob terreno público (sob concessão) e a propriedade do estádio, documentalmente, pertence ao Arena Fundo FII, dividida, proporcionalmente, entre seus cotistas.

A Odebrecht detém, neste momento, o controle decisório, enquanto o Corinthians, ainda minoritário, somente reverterá esse quadro, gradualmente, na proporção em que as pendências da obra forem quitadas.

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