No período em que era juvenil do Palmeiras, o atacante Gabriel Jesus foi tratado como fenômeno, goleador implacável.

O jogador possuía média de mais de um gol por partida, que, em determinados momentos, aproximava-se de dois.

Ao subir para o profissional palestrino, o desempenho não foi tão espetacular, mas, ainda assim, arrancava suspiros.

Não à toa, Jesus tornou-se, da noite para o dia, titular da Seleção Brasileira, condição que manteve durante toda uma Copa do Mundo.

Pouco antes disso, iniciou bem no Manchester City – onde chegou com status de craque – mas, aos poucos, foi perdendo espaço na equipe.

De maneira estranha, mas nítida, o excepcional definidor, aos poucos, passou a perder gols imperdíveis, e a passar bolas – que não é seu forte, em momentos que, em regra, arriscaria para gol.

A aparência é de falta de preparo psicológico que, tudo indica, estaria interferindo no desempenho profissional.

Não à toa, voltando à Copa do Mundo, Jesus passou o torneio inteiro sem marcar um gol sequer, assim como ocorre, no momento, na Copa América disputada no Brasil.

Convenhamos, é inadmissível que um centroavante de Seleção Brasileira passe em branco nos dois torneios principais em disputa.

Algo está muito errado e precisa ser corrigido.

Se seus treinadores, ambos relevantes no cenário mundial, não entenderam a melhor maneira de utilizá-lo, talvez o próprio jogador deveria, com humildade, alertá-los.

A não ser que o problema seja, realmente, dele próprio, talvez explicável, como ocorrido em diversas ocasiões no futebol, pela síndrome do jogador que, em início de jornada, ‘se mata’ dentro de campo porque precisa preencher os bolsos e os pratos de comida, mas, após consegui-los, se dá por satisfeito, diminuindo o ímpeto nos treinamentos, que acaba por resultar em declínio técnico e físico, ambos limitadores de carreiras.

Facebook Comments