Jorge Kalil caminha no Senadinho do Parque São Jorge

Empossado diretor adjunto de futebol, o Dr. Jorge Kalil tem como sonho de vida tornar-se, um dia, presidente do Corinthians, desejo este manifestado inclusive a seus pacientes, a quem aborda sobre o assunto, por vezes, em clínica que possui próxima do Parque São Jorge.

Para tal, tem feito de tudo no clube.

Na era Dualib, aceitou, segundo suas próprias palavras (reveladas em escutas da Polícia Federal), ser uma espécie de “laranja”, no cargo de Diretor de Marketing, da neta do presidente, a bela Carla Dualib, que era quem, de fato, mandava no setor.

Depois, com a derrocada do antigo aliado, Kalil migrou para o grupo de Paulo Garcia, a quem traiu antes das eleições de 2010, cooptado pela turma de Andres Sanches.

De lá para cá circulou em cargos figurativos, mas que lhe ocasionaram alguma projeção midiática.

É exatamente este o objetivo.

Na atual diretoria de futebol, Kalil não participa de nada que seja importante, mas faz questão de ser uma espécie de “modelo”, ou seja, aparecer em todas as fotos e filmagens de apresentações de jogadores.

Por vezes, colocam-no também nas coletivas, mas quase sempre de boca fechada.

Atento às oportunidades, até o caso da doença cerebral do presidente Andres Sanches, que recupera-se, a contento, no Hospital São Luiz, serviu de palanque para o dirigente.

Mesmo não sendo o médico que cuida, verdadeiramente, do cartola alvinegro, Kalil posa como tal, dá entrevistas, e, por vezes, é pego na mentira, como no caso em que disse ter proibido Sanches de falar ao celular.

Dias depois, em coletiva, Duílio do Bingo, diretor de futebol do Corinthians, confirmou falar com o presidente do Timão, diariamente, ao telefone; noutro dia, André Negão, diretor administrativo, chegou até a mandar mensagem pelo canal do youtube ao tradicional companheiro.

Apesar do histórico um tanto quanto ridículo, levando-se em consideração que o Corinthians, nos últimos anos, teve como presidentes desde golpista arareiro, passando por delegado do Detran e também vendedor de veículos, não seria surpreendente que o seletivo colégio eleitoral apostasse, nos próximos anos, num médico que atua como modelo, e já foi, inclusive, dublê de marqueteiro.

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