Por regulamentação da FIFA, os clubes formadores de jogadores de futebol tem direito de receber, vitaliciamente, em média de 5% dos valores negociados a cada efetivação de contrato do ex-atleta com nova agremiação.

Tirando os negócios mais relevantes, raramente a mídia fiscaliza o repasse.

Menos ainda os conselheiros destes clubes, porque, em regra, o dinheiro, quando recebido, é ocultado ou disfarçado no descritivo dos balanços.

Esta manobra facilita a ação de dirigentes espertalhões que contratam advogados militantes em paraísos fiscais, concedem-lhe procurações para receber o montante que, frequentemente, é dividido entre as partes.

O Blog do Paulinho revelou, tempos atrás, com farta documentação comprobatória, esquema liderado pelo ex-jogador Roberto Dinamite, enquanto presidente do Vasco da Gama, levando dinheiro do clube a ser depositado nas Ilhas Cayman.

Durante a semana, a FOLHA mostrou procedimento muito parecido, ocorrido na última gestão do Santos, do presidente Modesto Roma Junior.

Moacir Roma, sobrinho do mandatário do Peixe, contratou a empresa Quantum Solutions Ltda, sediada em Malta, para receber essas quantias, registrando, porém, na contabilidade, dívida do clube com os contratados, exatamente no percentual de 5%.

No submundo da bola esse tipo de “coincidência” requer investigação minuciosa e, em regra, chega a resultados destoantes da versão oficial.

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