Em 2007, um grupo de torcedores “organizados” recebeu vantagens do então oposicionista Andres Sanches para protestar contra a gestão Alberto Dualib, acusada, à época, de diversos desvios de conduta.
“Não aceitaremos cargos… nossa função é fiscalizar a corrupção”, diziam, convencendo os que desejavam mudanças e desconheciam os bastidores do clube.
Em ação contundente, agrediram conselheiros, invadiram residências, ameaçaram e, com o apoio da mídia, manifestaram-se.
Dualib caiu.
Em seu lugar entrou um grupo formado pelo que existia de pior dentre seus ex-dirigentes, com ênfase numa quadrilha originária no futebol amador, quase todos alunos de Nesi Curi.
Como prêmio pelo eficiente desempenho militar, membros principais do “Fora Dualib”, como se autodenominou o citado grupo, foram empossados em cargos que diziam não querer, e praticaram desmandos que juraram combater.
Em exemplo, de assessor dos Gaviões da Fiel, quase sem renda, Eduardo “gaguinho” Ferreira foi alçado a Diretor de Futebol (segundo cargo mais importante do clube), tendo ainda uma empresa, a BUDAUGALO, assinando contratos caríssimos com o Timão.
Pela evidente elevação de patrimônio, de todos os “Fora Dualib”, Edu foi o que mais se deu bem.
Razão pela qual torna-se ainda mais grave, e desnecessário, estar envolvido em transações obscuras com empresários de futebol e conselheiros no Parque São Jorge.
Quem diria que, nove anos após os acontecimentos que culminaram com sua queda, o ex-presidente Alberto Dualib teria a oportunidade de protestar, gritando a plenos pulmões: “Fora com os ladrões do “Fora Dualib” ?