A Copa do Mundo 2014 foi espetacular !
Chegamos ao final de mais uma cobertura de Copa do Mundo, em que, com a ajuda de todos os leitores, comentamos as 64 partidas, falamos de bastidores, apontamos erros, acertos, com tempo ainda para vibrar pela prisão dos marginais da Máfia dos Ingressos, tomara, com novos desdobramentos nos dias que estão por vir.
Muito obrigado !
O saldo do torneio foi altamente positivo , excetuando-se, óbvio, os gastos indevidos e superfaturados, em conta que sobrará para o bolso de toda a população brasileira.
Tivemos futebol de altíssimo nível nas primeiras fases, tenso e emocionante das quartas de final em diante, com recorde de gols numa edição do mundial quebrado – na verdade, com o gol de Goetze, o do título alemão, igualando com a Copa do França – entre outras proezas, como, por exemplo, a façanha de Klose, que, aos 36 anos de idade, não só encerrou sua participação na Seleção Alemã com a conquista de seu primeiro título mundial, como também tornou-se o maior artilheiro de todas as Copas, marcando dois gols, e, com 16, superando a marca anterior, de Ronaldo “fenômeno”.
Fora de campo, a organização do torneio, diferentemente do que se esperava, beirou o impecável, facilitada pelo bom senso – que bom ! – da população brasileira, que demonstrou maturidade e respeito para com os visitantes estrangeiros.
Tomara a venda de ingressos com lugares marcados e não divisão de torcida nos estádios seja um dos legados que a cultura da Copa do Mundo consiga implementar num país que prefere retirar cadeiras das praças esportivas para atender marginais do que expulsar a escória e manter como público gente decente e civilizada.
As vaias, justas, e as ofensas, mal educadas, recebidas pela presidente Dilma Rousseff (PT) a cada aparição nos telões, seja na abertura ou no encerramento do Mundial, foram importantes, também, para que o mundo inteiro soubesse que a visão passada ao exterior de que o PT faz bem para o Brasil, além de mentirosa, encobre a insatisfação popular contra uma gente criminosa e dissimulada.
Abaixo, separamos, por tópicos, o que julgamos necessário destacar nessa Copa do Mundo.
As melhores equipes
Alemanha – tetracampeã mundial com absoluta justiça, ratificou o melhor futebol que apresenta, há alguns anos, encantando o torcedor brasileiro com demonstrações públicas de humildade e afeto
Argentina – chegou a final do torneio jogando no limite de suas capacidades, tendo como destaque lampejos de Lionel Messi, o grande futebol de Di Maria e a raça emocionante de Javier Mascherano.
Holanda – mesmo envelhecida, demonstrou a habitual habilidade e técnica nas deslocações no gramado, tendo em Robben, infernal, o verdadeiro melhor jogador da Copa do Mundo 2014.
França – parada apenas pela disputa com a campeã Alemanha, o futebol francês demonstrou clara evolução e realizou ótimo mundial, empolgando no ataque, com meio campo habilidoso e muita força física.
As surpresas
Costa Rica – a sensação da fase inicial da Copa do Mundo, demonstrou que uma equipe bem treinada pode, por vezes, superar as imensas limitações de seu elenco, apesar de que dois jogadores, Bolaños e Campbell, além do goleiro Navas, tenham se portado com ótimo nível no torneio.
Chile – jogando um futebol bonito, de troca de passes e velocidade no ataque, os chilenos eliminaram favoritos, como a Espanha, e só não chegaram mais longe porque um chute na trave impediu que a equipe vencesse a Seleção Brasileira, na prorrogação das oitavas de final.
Colômbia – capitaneada por James Rodriguez, os colombianos, que fizeram ótimo duelo com o Brasil nas quartas de final, demonstraram evolução, que deve ser notada, ainda mais, nas eliminatórias para o próximo Mundial, o de 2018, em que a maturidade tem tudo para qualificá-la ainda mais.
Estados Unidos – os americanos, muito bem armados taticamente, já entenderam perfeitamente os caminhos das pedras no mundo do futebol. Seu torcedor, no Brasil, foi dos mais participativos. Apesar de possuir ótimos jogadores, como Dempsey, faltam craques, que, quando vierem, tornarão uma equipe que joga sempre no limite, dificílima de ser batida.
As decepções
Brasil – desde o início, a Seleção Brasileira demonstrou ser a pior de sua história em Copas do Mundo. Futebol fraco, elenco ainda pior. Venceu três jogos no torneio, um com a ajuda da arbitragem, contra a Croácia, outro com a fraquíssima Camarões, e o último, na bacia das almas, contra a Colômbia. Empatou com México e Chile, adversários médios e perdeu, de maneira vergonhosa, para os gigantes Alemanha e Holanda.
Portugal – na verdade, uma decepção apenas para a imprensa portuguesa, que trata uma equipe historicamente perdedora como se fosse uma das grandes do futebol mundial. Nunca foi. Apresentou-se com ineficiência habitual. Deu dó de Cristiano Ronaldo, um mar de criatividade cercado de mediocridade.
Bélgica – apontada como uma da favoritas do torneio, a Bélgica, apesar da evolução, apresentou futebol burocrático, sem sal, nem açúcar.
Uruguai – muita garra, força de vontade, mas pouco futebol. Suárez foi o melhor, mas também, desequilibrado, demonstrou ser pouco confiável. Terá problemas nos anos que estão por vir, aparentemente sem geração para repor os jogadores atuais.
Itália – sem força, dependente de lampejos de Pirlo – em sua última Copa – com Balotelli abaixo da crítica, os italianos perderam para a Costa Rica e foram eliminados, ainda na primeira fase, pelo mediano Uruguai, sem nunca terem apresentado futebol credenciador para passos mais importantes.
Inglaterra – o maior dos vexames, conquistando apenas um ponto na fase inicial, jogando futebol paupérrimo, demonstrando que a prática de gastar milhões de libras para povoar seu badalado campeonato de jogadores mediocres doutros países, além de enganar seu torcedor trata de inibir a formação de talentos do próprio país.
Japão – depois de um período crescente de evolução, a Seleção do Japão estacionou numa equipe envelhecida e de pouca movimentação, deixando de lado a característica marcante dos asiáticos de futebol rápido. Uma imitação pobre do que há de pior na Europa.
Espanha – a equipe que encantou o mundo nas últimas temporadas, e que entrou para defender o título de campeã mundial no Brasil, sucumbiu ao tempo e não se renovou. Pode, nos próximos anos, se não abrir os olhos, sofre do mesmo mal da Inglaterra, ou seja, ter uma liga recheada de estrangeiros, nem todos de bom valor, vitimando a descoberta de craques em seu próprio país.
EM TEMPO: após 30 dias maravilhosos de futebol, reinicia-se, ainda esta semana, o Brasileirão. Soframos juntos…

