Tiro pra todo lado: Sanches utiliza aliado para fomentar mudança de Estatuto
Após os recentes fracassos políticos na CBF e no Corinthians, que comprometeram severamente seu status de “poder” no futebol, mantido apenas por frases bravateiras, divulgadas por amigos da imprensa, o ex-presidente do Corinthians, Andres Sanches, passou a atirar para todos os lados.
Recentemente jogou na mídia balão de ensaio para verificar a viabilidade de uma candidatura à Câmara dos Deputados, em Brasília.
Porém, seu maior desejo, expresso numa entrevista à um jornal europeu, é retornar à presidência do Corinthians.
Impedido de concorrer às próximas eleições pelo Estatuto do clube, Sanches trabalha, nos bastidores, para reverter a situação, embora, pessoalmente, para evitar desgastes, negue, com a falta de verdade que lhe é peculiar, qualquer indício de movimentação.
Mas basta observar as postagens de seu braço direito, o conselheiro do clube, e seu sócio num desmanche de automóveis, André Negão, nas mídias sociais, para perceber a ardilosidade.
É clara a insatisfação no Parque São Jorge com os atuais conselheiros eleitos, quase 200 macacos, alguns até com microfones, que, a troco de banana, fazem o que o dono desejar, sem nenhum tipo de questionamento, atrelados que foram à chapa vencedora das últimas eleições, capitaneada pelo delegado Mario Gobbi.
Esperto Negão, que votou a favor desse sistema, tem elaborado provocações que visam dividir a culpa com membros da oposição, travando discussões acaloradas com seguidores de Paulo Garcia e Osmar Stabile.
A intenção é obvia: convencê-los a modificar, novamente, o Estatuto, inicialmente sob pretexto de mudar a sistemática da votação de conselheiros – o que vem sendo discutido – mas, com a intenção principal, ainda oculta, de alterar outros itens, entre eles, o que possibilitaria a candidatura de Andres Sanches à presidência do clube.
Puro xadrez político, que Sanches deixou nas mãos de seu melhor jogador, atuando como treinador, à espera do resultado que o faria trocar, sem pestanejar, uma cadeira em Brasília pela mamata de “taxinhas” e “esquemas” que o tirou do ostracismo do empréstimo de nome à empresas fantasmas, para colocá-lo no seleto grupo de novos milionários do Tatuapé, bairro da Zona Leste de São Paulo.

