Dentro da mesmice de treinadores e esquemas, cada vez menos interessantes, que assola o futebol brasileiro, salta aos olhos o brilhante trabalho do treinador Fernando Diniz, de apenas 39 anos, no Audax de São Paulo.
Sua equipe, apesar da limitações de jogadores e recursos, pratica, hoje, o futebol mais bonito, e interessante do Brasil.
Sem chutão, tocando a bola de pé em pé, no melhor estilo “Barcelona”, ocasionando, sempre, prazer ao torcedor que vai a campo para assistir uma boa partida de futebol.
Diniz foi um jogador de boa técnica e muito mais promessa do que realidade, dentro dos gramados, porém, ao que tudo indica, sua carreira como treinador de futebol pode alçar voos maiores.
Mérito, também, ao presidente do Audax, Vampeta, que permitiu, num clube recém alçado à divisão principal do futebol paulista, um trabalho arriscado, mas que, desde já, vem sendo reconhecido pela excelência do jogo praticado, quando, em regra, dirigentes e treinadores tentariam, de qualquer maneira, jogar feio para evitar o rebaixamento.
O Audax não corre esse risco, e, dificilmente, será campeão do torneio, mas seu trabalho, único no Brasil, merece ser melhor observado, e, porque não, seguido por quem tem mais recursos, para, quem sabe, dar uma injeção de qualidade em nossas equipes.