É inadmissível que um clube como o São Paulo tenha que se socorrer de um empresário de jogadores para montar uma equipe de futebol possuindo os recursos financeiros que recebe não apenas na televisão, como também das recentes negociações de jogadores.

Sem contar o CT de Cotia, que, pela estrutura apresentada, tem a obrigação de fornecer bons nomes para o departamento profissional.

Eduardo Uram, que possui oito jogadores no Tricolor, e já vem tentando encaixar o nono, é claramente beneficiado por um esquema em que alguém do clube, ou “alguéns”, está levando dinheiro por fora.

A única explicação para a existência de intermediários nas transações do futebol brasileiro é exatamente essa: dirigentes não remunerados vivendo de comissões de transações de atletas precisam de alguém que negociem por eles, e que possam receber dinheiro sem comprometê-los.

Esse é o esquema, claro, evidente.

Resta saber quem dele se beneficia no Tricolor.

Juvenal Juvencio ? Adalberto Batista, que já saiu ? Milton Cruz ? Leco ?

Quem trouxe o empresário para o clube ?

Quem o defende como se fosse benemérito ?

Certamente, Gustavo Vieira de Oliveira, o novo dirigente, não é.

Razão pela qual chegou a hora do filho de Sócrates e sobrinho de Raí dar um basta na sacanagem, que todos no clube sabem existir, e peitar essa gente, expulsar os empresários do departamento de futebol, iniciando, talvez, um modelo de gestão, que deveria ser o usual, de dirigente ligar diretamente para outro dirigente na hora de contratar um jogador.

Sem comissão, muito menos intermediários.

Acabar com a farra dessa gente é essencial para resgatar a honra do São Paulo, devassada por ladrões de casaca, que se apresentam como “lords’, mas sequer sabem se comportar em churrascos de periferia.

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