Antes de iniciar nossa critica é bom deixar claro que o treinador do Santos é Muricy Ramalho, o que impede qualquer tipo de malandragem ou pipocada por pressão de atletas ou dirigentes em escalações da equipe.
Mas, apesar disso, é absolutamente inadequado que um clube grande utilize em sua camisa, nos locais mais caros, peito e costas, patrocínios relacionados a um jogador da sua equipe.
Mesmo que seja da grandeza de um Neymar.
E se os outros atletas do grupo sentirem-se no direito de ter a mesma regalia, como se comportarão os dirigentes ?
Sem contar que se o treinador não tivesse a personalidade de Muricy, fosse, por exemplo, um Gilson Kleina, certamente estaria intimidado a contrariar o craque do time, sabedor de seu exagerado prestígio com a diretoria.
Há ainda um porém, que foi levantado ontem a este jornalista por gente que conhece como poucos bastidores não apenas esportivos como do comportamento de dirigentes, que precisa ser averiguado pelos conselheiros do clube.
Embora se diga que o “patrocínio” é uma maneira de ajudar entidade filantrópica que leva o nome do jogador, não seria, talvez, uma maneira de arcar com parte de seus salários, possivelmente, atrasados ?
O boato do atraso existe, não há comprovação, clube e atleta não falam sobre isso, mas utilizar um espaço na camisa, que num patrocínio pontual poderia render, talvez, R$ 1 milhão, é realmente de se estranhar.
Nenhum clube, de razoável administração, abriria mão de tamanho montante.