“Sujeito homem eu sou pra c…”, “sou da favela c…”, foram algumas das bobagens e inverdades ditas pelo atacante Adriano, visivelmente alterado, num ambiente temeroso até para a frequência de bandidos, no Rio de Janeiro.

Volto aqui a reafirmar que pior do que a doença química do ex-Imperador, nítida, é o seu desejo e contribuição, seja ela qual for, com a criminalidade, em especial os traficantes, no Rio de Janeiro.

“Sujeito homem” não ajuda a destruir famílias, nem foge de responsabilidades para viver o mundo da fantasia, sendo bajulado por criminosos que o enaltecem para se aproveitar do que restou do prestígio e da grana do ex-jogador em (des)atividade.

Ser “da favela” não é nenhum demérito, até porque muita gente de bem é vitima dos amigos do jogador nessas comunidades, mas enaltecer o local, ruim como habitação, pior ainda na segurança, saúde e saneamento, é estimular seus próprios admiradores a aceitar, sem lutar, o destino imposto por anos de desigualdade social.

Tivesse o Flamengo uma presidenta de verdade, e o jogador já teria recebido o necessário ultimato:

Se tratar clinicamente ou viver a vida que de fato parece lhe agradar mais.

Pelo menos durante o tratamento, além da possibilidade de melhora de seus vícios, pode, quem sabe, haver a conscientização de que financiar àqueles que proporcionam o vício de outros é tão doentio quanto cheirar uma carreira de cocaína num desses bailes funks da vida.

Ai quem sabe, recuperado clinica e moralmente, Adriano poderia de fato gritar, de preferencia sem o palavrão final, “enfim, agora sou mesmo sujeito homem !”

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