Sem muito esforço, o Corinthians venceu um depressivo Palmeiras por dois a zero, noutra grande jornada de Romarinho.

O Verdão começou a primeira etapa em cima do Corinthians, devido até à desesperadora situação em que se encontra na tabela, porém poucas chances conseguiu criar.

Até os 20 minutos, tirando uma defesa de Cassio em batida de Luan, sem ângulo, e uma boa jogada de Danilo pela esquerda, terminada com boa cabeçada de Paulinho, à esquerda, as defesas levavam vantagem sobre os ataques.

Porém aos 21 minutos, a defesa do Palmeiras bobeou, Martinez brigou na área e a bola sobrou para o carrasco Romarinho passar pela zaga e abrir o marcador, numa batida cruzada, inapelável, que bateu na trave antes de entrar.

Na comemoração, Romarinho beijou o símbolo do Corinthians, rebolou e deixou o torcedor do Palmeiras e alguns jogadores, como Luan, enlouquecidos.

O árbitro, tentando amenizar a situação, amarelou o corinthiano, porém errou ao não dar o segundo amarelo a Luan, que foi o estopim da confusão.

Erro “consertado” com outro equívoco, desta vez expulsando Luan, sem que tenha feito nada para receber a penalização.

E o jogo que já estava nervoso ficou ainda mais complicado, como uma panela de pressão pronta a explodir a qualquer momento.

Aos 28 minutos, com raiva, Marcos Assunção bateu uma paulada da intermediária, que Cassio rebateu de peito, sem que ninguém aproveitasse o rebote.

Na base do tudo ou nada o Palmeiras se lançou ao ataque, e Barcos, quatro minutos depois, fez grande jogada pela direita, entrou na área, mas bateu por cima do gol.

Todos se matavam em campo, enquanto Valdivia, displicente, acreditava estar desfilando na “Love Story”, conhecida casa “religiosa” de São Paulo.

Para castigar ainda mais o torcedor palestrino, já desesperado, Marcos Assunção, aos 43 minutos, levantou bola com perfeição na cabeça de Henrique, que bateu na trave direita e, caprichosamente correu toda a linha e saiu à esquerda.

Na segunda etapa, absolutamente desesperado, o Verdão tentava atacar, não conseguia e deixava o contra-ataque livre para o Timão, que se tivesse forçado o jogo teria feito ainda mais gols.

Logo aos 3 e 4 minutos, Jorge Henrique criou duas boas chances, uma delas bem defendidas por Bruno.

Aos 8 minutos, Romarinho abriu na direita para Douglas colocar a bola, de primeira, na cabeça de Paulinho, que não perdoou.

Dois a zero.

Daí por diante, mesmo com a natural pressão palestrina, o Corinthians exalava tranquilidade, enquanto o desespero era notado no olhar de cada jogador do Palmeiras.

Valdivia apareceu no jogo, aos 13 minutos, ao arriscar batida da intermediaria que por pouco não encobriu Cassio.

Aos 20 minutos, após jogar no sacrifício, Marcos Assunção saiu cansado para a entrada de Obina.

Era o retrato da vaca indo para o brejo.

Cassio fez grande defesa, aos 26 minutos, de mão trocada, após batida de Valdivia.

O chileno perderia ainda um gol que profissional algum pode perder, de cabeça, sem goleiro, na pequena área, aos 32 minutos.

Aos 35 minutos, na tentativa de abafa, Cassio falhou em cruzamento, a bola bateu na coxa de Guilherme para depois resvalar no braço e a arbitragem, acertadamente, não marcou a penalidade pedida pelos palmeirenses.

O Palmeiras gritou gol aos 43 minutos, com Valdivia, mas o árbitro voltou atrás atendendo uma polêmica marcação de falta de Obina em Paulo Andre, no início da jogada.

No final os atletas alvinegros saíram felizes, com o bicho dobrado e a certeza de terem contribuído, e muito, para o quase inevitável rebaixamento palmeirense, que está agora oito pontos atrás do primeiro time fora da zona de rebaixamento.

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